IPCA desacelera para 0,40% em junho, mas rompe teto da meta em 12 meses

A última vez que a taxa rompeu o teto foi em junho do ano passado, quando registrou alta de 6,70%

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A inflação desacelerou em junho, mas nos últimos 12 meses rompeu o teto da meta, de 6,5%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,40%, informou nesta terça-feira o IBGE. Em maio, fora de 0,46%. Nos últimos 12 meses, a taxa ficou em 6,52%, dentro das expectativas do mercado, que variavam entre 6,40% e 6,56%, segundo a agência Bloomberg. A última vez que a taxa tinha rompido o teto foi em junho do ano passado, quando registrou alta de 6,70%.

O grupo de alimentação e bebidas registrou deflação de 0,11%. Foi o terceiro mês seguido de perda fôlego dos preços da categoria. Por outro lado, a Copa do Mundo fez com que as diárias de hotéis aumentassem 25,33%. Esse item representou o principal impacto individual, respondendo por 0,11 ponto percentual do índice de junho.

Também influenciadas pelo Mundial, as tarifas aéreas subiram 21,95%, segundo maior impacto, com 0,09 ponto percentual. O avanço puxou a alta do grupo de transportes, que subiu 0,37% após ter queda de 0,45% no mês anterior. Juntos, passagens aéreas e hotéis responderam por metade do IPCA do mês passado.

A expectativa do mercado financeiro em relação à inflação é que o IPCA encerre 2014 em 6,46%, leitura que vem se repetindo há três semanas pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC). Enquanto a projeção para o índice se mantém alta, economistas do mercado financeiro reduziram pela sexta semana consecutiva a projeção para o crescimento do PIB brasileiro neste ano.

Segundo o mesmo boletim Focus, a mediana das previsões caiu para alta de apenas 1,07%. Na semana passada, a expectativa era de avanço de 1,10%. Já para o ano que vem, a projeção parou de cair e ficou estável em 1,5%.

Em entrevista recente, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que a taxa de juros (Selic) mantida em 11% ao ano é capaz de fazer a inflação entrar numa trajetória de convergência para a meta de 4,5% nos próximos dois anos. Admitiu, entretanto, que a inflação em 12 meses continuará elevada por algum tempo.



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