IPCA menor não significa que “vamos descuidar” da inflação, disse Mantega

O ministro Mantega também afirmou ter ficado “satisfeito” com o resultado do IPCA do mês passado.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (9) que o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, de 0,35%, somando, pela primeira vez neste ano, um valor abaixo de 6% em 12 meses, não significa que o governo vai "descuidar" da inflação.

"O governo tem de continuar alerta para impedir que a inflação volte a subir e a atrapalhar o consumidor brasileiro", declarou o ministro da Fazenda a jornalistas.

Nesta quarta-feira, acontece, em Brasília, o segundo dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que fixa a taxa básica de juros da economia. A expectativa do mercado financeiro é de uma nova alta de 0,5 ponto percentual nos juros, para 9,5% ao ano, justamente para conter pressões inflacionárias.

O ministro Mantega também afirmou ter ficado "satisfeito" com o resultado do IPCA do mês passado.

"É menor do que o IPCA de setembro do ano passado e do ano retrasado. Significa que a inflação está sob controle. É claro que ela tem uma sazonalidade. No final do ano, ela sobe um pouco porque você tem entressafra, regime de chuvas, mas vamos ficar dentro da normalidade", declarou.

Reajuste da gasolina

Questionado sobre o aumento da gasolina, que, segundo a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, pode acontecer ainda neste ano, Mantega foi evasivo. "Isso nao é assunto nosso. Reajuste da gasolina é da Petrobras", declarou ele, mesmo sendo presidente do Conselho de Administração da empresa estatal.

Nesta terça-feira (8), a presidente da Petrobras informou que ainda não há data definida para o reajuste. "A gasolina pode subir esse ano. Não tem data. Como aconteceu todos os anos, a gente tem aumento de preço. E quem sabe, pode acontecer algum movimento abrupto inesperado. O Brent cai, o câmbio desce e aí tem redução no preço da gasolina. Ou seja, a previsão de aumento é possível, é previsível, mas não tem data", disse a executiva a jornalistas.

Federal Reserve

Sobre a retirada dos estímulos monetários nos Estados Unidos, o ministro Mantega informou que, em sua visão, isso deve acontecer somente em 2014. Ele avaliou que a vice-presidente do Federal Reseve (o BC norte-americano), Janet Yellen, que, segundo a Reuters, deverá ser nomeada presidente da instituição, pode adiar a desativação dos estímulos nos Estados Unidos.

"Eu não sei porque eu nao vi o pronunciamento dela [Janet Yellen] até agora. O que vai adiar a desativação dos estímulos é o baixo crescimento da economia americana. A economia americana não tem dado sinais de vigor. Tem crescido, porém abaixo das expectativas. Isso que vai determinar se você vai continuar ou não com os estímulos. Portanto, eu acho que está prorrogada a retirada dos estímulos para o próximo ano", declarou o ministro da Fazenda a jornalistas.



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