Juros do cartão de loja passam de 200%; saiba como gastar menos

Os juros dos cartões de loja ainda estão entre os maiores cobrados no país, podendo passar de 200% ao ano

Maquina de Cobrança de cartão de crédito | Reprodução
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No rastro das reduções de juros feitas pelos bancos, grandes redes de varejo, como C&A, Casas Bahia e Renner, também estão promovendo cortes nas taxas cobradas nos seus cartões.

Apesar disso, os juros dos cartões de loja ainda estão entre os maiores cobrados no país, podendo passar de 200% ao ano.

Recentemente, o Bradesco anunciou um corte nos juros cobrados nos cartões de crédito emitidos pelo banco. A redução, que passa a valer em novembro, vai contemplar os cartões chamados de "private label", oferecidos por redes de varejo.

Entre as redes cujos cartões são administrados pelo Bradesco, estão C&A, Casas Bahia, Lojas Colombo, Makro, Luigi Bertolli e O Boticário.

Cinco dicas para usar os cartões de loja

(1) TARIFAS

Preste atenção nas tarifas cobradas pelas administradoras dos cartões de loja. Alguns cartões, por exemplo, não cobram anuidade. Só que geralmente é preciso pagar tarifa de manutenção. "Oferecem o cartão como sendo gratuito, mas na verdade não é", alerta Hessia Costila, economista da Proteste.

(2) PARCELAMENTO

A ampla possibilidade de parcelamento costuma ser um dos maiores atrativos dos cartões de loja. O ideal, no entanto, é evitar parcelar por um prazo muito longo. "O parcelamento induz a pessoa a comprar mais, porque o valor da prestação fica pequeno", diz Hessia Costila, economista da Proteste.

(3) JUROS

Preste atenção à forma de parcelamento oferecida pela loja. Os atendentes costumam informar apenas a quantidade de parcelas em que a compra pode ser dividida, mas não são claros sobre os juros. Geralmente, o parcelamento é feito sem juros em até quatro vezes; a partir de cinco parcelas, há cobrança.

(4) EMPRÉSTIMO

Os cartões de loja costumam oferecer a possibilidade de o cliente fazer saques e empréstimos, mas as tarifas cobradas por estes serviços são altas. Por isso, a sugestão de Hessia Costila, da Proteste, é evitar usá-los. "Se o consumidor precisar de dinheiro, é melhor pegar empréstimo no banco", aconselha.

(5) DESCONTOS

As redes de supermercados costumam dar descontos para compras feitas por meio de seus cartões. Isso nem sempre é vantagem por causa das tarifas pagas nos cartões. "A melhor forma de economizar ainda é fazer uma boa pesquisa de preços em estabelecimentos diferentes", diz Hessia Costila, da Proteste.

As taxas cobradas variam de acordo com cada rede, mas, seguindo a nova política do banco, terão de ficar entre 1,9% e 6,9% ao mês no crédito rotativo. O rotativo é usado quando o cliente não paga a fatura integralmente em dia e precisa rolar a dívida.

Até agora, as taxas dos cartões de loja administrados pelo Bradesco variavam de 2% a 14,9% ao mês.

Os clientes da Renner também devem pagar menos juros no rotativo dos cartões da rede a partir de novembro, segundo previsão da empresa. A taxa máxima cairá de 15,8% para 9,8% ao mês.

Taxas de juros continuam muito altas

Mesmo após as reduções, as taxas dos cartões "private label" continuarão altas se comparadas com as de outras linhas de crédito.

Ao ano, o crédito rotativo dos cartões Bradesco ficarão em 122,71%. No caso da Renner, a taxa máxima será de 207,06% ao ano.

Para efeito de comparação, os bancos cobram, em média, 3,45% ao mês na linha de empréstimo pessoal, o que equivale a 50,23% ao ano. Os dados se referem às taxas médias coletadas pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) em agosto.

Por isso, o ideal é sempre evitar usar o crédito rotativo dos cartões de loja.

Descontos não bastam para compensar tarifas

Além dos juros altos, os cartões de loja escondem outro tipo de cobrança que pode desequilibrar o orçamento: as altas tarifas de serviços.

Em estudo divulgado em abril deste ano, a associação de consumidores Proteste alertou que muitas lojas alardeiam o fato de seus cartões não terem anuidade. Só que é comum que se cobre tarifa de manutenção, por emissão da fatura e extrato. "Oferecem o cartão como sendo gratuito, mas na verdade não é", afirma Hessia Costilla, economista da Proteste.

A economista diz que todas essas cobranças podem acabar colocando por terra os eventuais benefícios oferecidos pelos cartões, como descontos nas compras. Por isso, para quem quiser economizar, a dica dela é que faça uma boa pesquisa de preços em lojas diferentes.

Outra orientação dela é que o consumidor não faça empréstimos ou saques com estes cartões. "Se o consumidor precisar de dinheiro, é melhor pegar empréstimo no banco.?



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