Linha de crédito cresce negócios à empreendedores em Teresina

A zona Norte é a região onde há maior procura por recursos para montar o próprio negócio

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O negócio próprio e independência financeira estão mais distantes dos sonhos de moradores da zona Norte de Teresina e virando realidade. Boa parte dessa realização é fomentada pelas linhas de crédito populares, que ajudam a alavancar pequenos negócios, com pouca burocracia e juros baixos. O Banco Popular de Teresina, ligado à Prefeitura Municipal, destina até R$ 2.500 para serem utilizados como capital de giro, na compra de insumos, estoque ou para possibilitar a venda a prazo para os clientes.

As taxas variam entre 0,75 a 1% ao mês, com parcelamento em até 12 vezes.

Contudo, permissionários de quiosques e boxes da Prefeitura de Teresina, a exemplo dos situados na praça do bairro Santa Sofia, são beneficiados com melhores condições de juros e parcelamentos. A Zona Norte de Teresina tem sido a região com maior número de contratos de permissionários e empreendedores independentes, de acordo com o gerente do Banco Popular, Michel Sena.

?Além da Zona Norte contratar mais empréstimos, a maioria dos negócios são fechados por mulheres que costumam investir em produção e revenda de confecção,além de salão de beleza e armarinho. A finalidade do Banco Popular de Teresina é alcançar aqueles empreendedores que não são atendidos pelo sistema bancário tradicional?, finalizou Michel Sena. Para se ter uma deia, só em 2013, 77% dos contratos foram realizados por mulheres, o que corresponde a 583 liberações de crédito.

A desburocratização tem ajudado esses empreendedores para a concessão de empréstimos, sendo necessária a apresentação do CPF, RG, comprovante de residência no nome do contratante, além dos dados bancários do cliente. Como procedimento padrão, o Banco Popular também realiza visitas aos estabelecimento.

Outra vantagem para a liberação do crédito é adoção do avalista simples ou avalização solidária, onde dois empreendedores se juntam e avalizam o crédito um do outro. Entretanto, o crédito é liberado de forma independente.

Empreendedores conseguem ampliar negócios -

Sidney Luís Gonçalves trabalha com a produção de bolsas femininas há cinco anos e mantém sua fábrica no Centro de Produção do Mocambinho. Ele diz que já recorreu às pequenas linhas de crédito para incrementar o negócio, mas que hoje consegue ter capital de giro e investir apenas com o lucro das vendas.

?É comum buscar crédito para o capital de giro com a finalidade de fazer compras à vista, mas é preciso cuidado com os créditos liberados em grupo e com avalização solidária. Se uma das pessoas do grupo não paga o empréstimo, pode prejudicar os outros. Por isso, no momento está tudo bem, tenho meus clientes e o lucro dá para manter a empresa?.

A empresária do ramo de confecção, Fátima Guimarães, disse que consegue tocar a pequena fábrica de roupas sem aderir a linhas como as oferecidas pelo Banco Popular. Ela atribui a independência e saúde financeira às vendas realizadas exclusivamente com cartão de crédito e à vista.

?Desde que aboli o ?fiado? há cinco anos, passei a vender mais no cartão de crédito e também passei a comprar meus insumos à vista. Na verdade eu não vejo muitas vantagens nas linhas de crédito populares, que têm um valor muito baixo e nos endividam facilmente. Além disso, eu deixei uma quantidade limitada de funcionários, preferindo terceirizar mão de obra, que faz apenas o que é necessário e onde não tenho compromisso com mais impostos. Com estas medidas consegui organizar a empresa e não recorrer mais ao crédito?.

R$ 1,5 milhão em contratos - Apenas em 2013, 755 empreendedores formalizaram empréstimos junto ao Banco Popular de Teresina, com a média de R$ 2.100 por contrato. Com isso, o Banco liberou mais de R$ 1,5 milhão em crédito de fomento às microempresas ou empreendedores individuais.

Os segmentos que mais buscaram apoio em 2013 foram os de produção e venda de confecção, cosméticos, mercearia, comidas e bebidas, salão de beleza, armarinho, além de bolsas e calçados. A gerência do Banco Popular de Teresina estima que em 2014 seja atingida a meta de 3 mil contratos de empréstimo e até R$ 6 milhões investidos.



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