Lojas reduzem as encomendas do setor varejista para Natal e Ano Novo em Teresina

Temendo o fraco desempenho do comércio nas vendas de Natal e Ano Novo, os lojistas de Teresina assumiram uma posição de cautela em relação às encomendas de produtos que vão formar os estoque

Comércio | Reprodução
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Por causa da preocupação em relação ao desempenho do mercado consumidor, lojistas do Piauí reduziram o número de pedidos de produtos para as vendas de Natal e Ano Novo. Para grande parte dos empresários do setor, cautela é a palavra de ordem no momento. Eles preferem não arriscar na obtenção de numerosos estoques.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Piauí (Sindlojas), Luiz Antônio Teixeira, disse que existe um certo desânimo entre os lojistas em Teresina, mas valida a ideia de que o processo de recuperação deve ser iniciado no período das festas de Natal e Ano Novo.

“A economia não está tendo o desempenho que se previa, tivemos dois trimestres com resultados negativos, sendo que no início de 2014 a expectativa era de uma alta de 4%”, destaca.

As quedas consecutivas funcionaram como um ‘banho de água fria’ no potencial investidor, muitos deixaram de abrir negócios ou ampliá-los por medo.

A última vez que o país passou por essa situação foi durante a crise de 2008. Ambas as contrações, tanto do primeiro trimestre, com 0,2%, quanto do segundo, com 0,6%, foram constatadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O cenário é diferente de uma recessão total, quando a situação do país está se deteriorando significativamente, e há alta do desemprego e dos índices de falência, queda da produção e do consumo; contudo, não apresenta um diagnóstico confortável e necessita de melhoras.

“Eu espero que comece a melhorar, um indicativo positivo disso é que os juros não estão mais subindo, essa era uma das consequências do desânimo no mercado”, explicou o presidente do Sindilojas, Luiz Antônio.

Os reflexos de todos esses empecilhos puderam ser sentidos em âmbito local, assim foram necessárias certas precauções para a mercadoria não ficar encalhada. “Não dá para adiar os pedidos, senão fica sem ter o que oferecer para os clientes, a verdade é que houve apenas uma diminuição nas encomendas”, afirma.

Essa constatação converge com a política de oferta e demanda, o grau de inadimplência também está alto, outro fator que emperra grandes negociações e diminui o potencial consumidor.

Ainda nessa questão, os meses de junho e julho foram uma decepção para os lojistas, principalmente devido a realização da Copa do Mundo no Brasil.

O evento era visto como uma chance para a economia crescer, contudo o que se viu foi uma diminuição ainda mais exacerbada. “Nós pensamos que iria ter algum ponto positivo, ainda mais nos Estados que sediaram a competição, para nós é que não houve mesmo grande diferença”, destaca Luiz Antônio.

Através deste ambiente, os últimos três meses não são vistos como uma aposta, mas como uma esperança para que os negócios voltem a ter resultados satisfatórios e a economia seja aquecida, afinal é o momento em que as festas predominam e os presentes fazem parte da tradição.

Para lojista, vendas devem crescer 5%

A campanha 'Liquida Teresina', promovida pela CDL, funcionou como uma preparação do mercado para as vendas do fim de ano. O objetivo da ação foi despertar a atenção dos consumidores para o comércio local, ajudando a divulgar o setor.

Essa reação é um contra-ataque ao momento ruim que o país vive. Desse modo, as estimativas não são tão positivas quanto se esperava. O motor dos negócios está lento, porém o importante é que ele não pare de vez.

De acordo com o presidente do Sindlojas, Luiz Antônio Teixeira, esta é a chance para reverter a recessão técnica que o país vive. "Vamos retomar o caminho do crescimento, torcemos para que tudo saia como o esperado agora no trimestre final", garante.

O foco é atrair os piauienses para as ruas, de modo que eles possam adquirir os produtos e movimentar a economia, esse fator estimularia o reforço nos investimentos dentro das lojas, tal como em médio e longo prazo, a contratação de mais profissionais.

A torcida dos lojistas é para que os índices apareçam em escala gradativa em relação ao mesmo período do ano passado. "Estimamos um acréscimo de 5%, se conseguirmos chegar a esse patamar, ficaremos satisfeitos, ainda mais pelo demonstrativo atual", detalha.

O pessimismo apontado pelos dados revelados pelo IBGE no ano passado não se reflete na criação de empreendimentos no Piauí, essa é uma forma de manter as esperanças do setor em melhores dias, sendo que, segundo a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), mais de 10 mil empresas já foram criadas no Estado neste ano, onde 70% são sediadas na capital.

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