Máquina unificada de cartão chega hoje ao comércio

Lojista e clientes deverão economizar com mudança; duas empresas dominam 85% do setor

Máquina unificada | Reprodução do R7
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O comércio e o consumidor brasileiro ganharam mais uma ferramenta para economizar na hora das compras. A partir desta quinta-feira (1º), os lojistas terão à disposição a máquina unificada de cartão de crédito e de débito, que deverá baratear a locação do aparelho para o lojista. Já o consumidor não precisará mais se preocupar se uma determinada loja aceita ou não o cartão que ele possui.

A mudança aumenta a concorrência do setor, dominado basicamente pela Cielo, que tinha a exclusividade da bandeira Visa, e pela Redecard, que trabalhava basicamente com Mastercard. Juntas, elas detinham cerca de 85% do mercado - o que caracteriza um duopólio, ou seja, quando duas empresas concentram o mercado. Ambas as empresas já foram processadas pela concentração de mercado.

A possibilidade de contar com um equipamento universal sempre foi vontade dos lojistas, já que o aluguel de cada aparelho custa em torno de R$ 130 e existem cerca de 40 bandeiras em operação no Brasil, explica o presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Nabil Sahyoun.

- O valor da locação de cada máquina deverá cair, no mínimo, 30%. Para uma empresa que tem várias máquinas, faz uma diferença considerável. Agora, qualquer bandeira pode operar com qualquer credenciadora de cartão. Ficou mais democrático.

Além da taxa de aluguel, o lojista paga um percentual sobre cada venda ? que varia de 2% a 5%, segundo Sahyoun.

A mudança deve trazer ainda uma regulação para o setor, com a definição de regras para a cobrança de tarifas, segundo informou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, há duas semanas.

- O crescimento do mercado é sempre de três dígitos [em torno de 180%]. Temos oportunidades para o estabelecimento de um marco regulatório, já que teremos um ambiente de maior competição, com a entrada de novos concorrentes e transparência na formação de preços.

Atualmente, cerca de 60 tarifas incidem sobre compras feitas com cartão, o que desestimula a aceitação do ?dinheiro de plástico? pelos comerciantes. Para compensar a taxação, os lojistas colocam preços diferentes para o mesmo produto para pagamentos em dinheiro, cheque ou cartão.

O número de cartões saltou de 118.249 em 2000 para 628.015 neste ano, segundo dados da Abecs (Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços). Os cartões de crédito lideram as transações, com 2,9 milhões, seguido pelo cartão de débito com 2,84 milhões.



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