Mercado baixa previsão de alta do PIB de 2014 pela 19ª semana seguida

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.

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O mercado financeiro reduziu de novo sua previsão de crescimento da economia brasileira para este ano - que recuou pela 19ª semana consecutiva - e também baixou sua estimativa de alta para 2015, informou nesta segunda-feira (6) o Banco Central.

As previsões foram coletadas pela autoridade monetária na semana passada com mais de 100 instituições financeiras, em levantamento deu origem ao relatório de mercado, também conhecido como Focus.

A previsão dos analistas para o crescimento da economia brasileira neste ano, de acordo com o BC, recuou de 0,29% para 0,24%. Se confirmado, será o pior resultado desde 2009 - quando a economia encolheu 0,33%. Para 2015, a previsão do mercado para a expansão do PIB caiu de 1,01% para 1%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.

No fim de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira teve retração de 0,6% no segundo trimestre deste ano e que estaria em "recessão técnica", que se caracteriza por dois trimestres seguidos de PIB negativo.

Inflação e juros

A expectativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do pais, subiu de 6,31% para 6,32% este ano. Para 2015, a previsão dos analistas dos bancos para o IPCA ficou estável em 6,30%.

Pelo sistema que vigora atualmente no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%, mas com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

No início de setembro, o IBGE informou que o IPCA acelerou para 0,25% em agosto. Em julho, ela havia ficado em 0,01%, a menor taxa desde 2010. No acumulado de 12 meses até agosto, houve alta de 6,51%. O resultado é pouco acima do teto da meta da inflação, que é de 6,5%. Mas, para o Banco Central, ela só é descumprida com base no acumulado em 12 meses até dezembro de cada ano.

Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que foi mantida estável pelo Banco Central em 11% ao ano no começo de setembro, a expectativa dos analistas dos bancos é de que ela permaneça neste patamar até o fechamento de 2014. Para o fim de 2015, a previsão dos analistas para o juro básico avançou de 11,38% para 11,88% ao ano.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 subiu de R$ 2,35 para R$ 2,40 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio avançou de R$ 2,45 para R$ 2,50 por dólar.

A projeção para o superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2014 ficou estável em US$ 2,4 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial recuou de US$ 9 bilhões para US$ 7,24 bilhões.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte subiu de US$ 57 bilhões para US$ 57,7 bilhões.



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