Relatório: Mercado baixa previsão para inflação e PIB em 2012; veja

Estimativa do mercado para o IPCA de 2012 passou de 5,15% para 5,03%.

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Os economistas dos bancos baixaram, na última semana, sua estimativa para a inflação e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, informou nesta segunda-feira (11) o Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa da autoridade monetária com mais de 100 instituições financeiras. A revisão das estimativas acontece em meio à crise financeira internacional.

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano passou de 5,15% para 5,03%. Para 2013, a expectativa do mercado para o IPCA permaneceu estável em 5,60%. Sobre o PIB, o mercado baixou para 2,53% a previsão de crescimento neste ano, o que representará, se confirmada, desaceleração frente ao ano passado - quando o PIB avançou 2,7%.

O corte na estimativa do mercado para a inflação deste ano aconteceu após a divulgação do resultado de maio do IPCA. Na última semana, o IBGE informou que o IPCA somou 0,36% no mês passado - com queda frente ao patamar de abril (0,64%). Em 12 meses até maio, ficou abaixo de 5%, ao somar 4,99%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou na última semana que o resultado do IPCA dá mais liberdade para o BC baixar os juros básicos da economia.

Metas de inflação

Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012 e 2013, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% neste ano, visto que, em 2011, a inflação ficou em 6,5% ? no teto do sistema de metas.

Taxa de juros

Sobre a taxa básica de juros, que foi reduzida de 9% para 8,5% ao ano no mês passado, a estimativa do mercado financeiro permaneceu estável em 8% ao ano para o fim de julho. Isso pressupõe um novo corte de 0,5 ponto percentual até o fim do mês que vem - patamar no qual, segundo os economistas dos bancos, a taxa deve fechar 2012. Para o fim de 2013, porém, a previsão recuou de 9,38% para 9% ao ano. Isso quer dizer que o mercado prevê um aumento menor dos juros no próximo ano.

Crescimento da economia

A previsão dos analistas dos bancos para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuou de 2,72% para 2,53% na semana passada. Para 2013, a previsão de crescimento recuou de 4,5% para 4,3%.

Com isso, a previsão do mercado financeiro é de que a economia brasileira tenha uma taxa de crescimento menor daquela registrada no ano passado, de 2,7%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem dito que o país acelerará a taxa de crescimento neste ano - que é marcado pelos efeitos da crise financeira internacional. Até o momento, a previsão oficial da Fazenda está em 4% de expansão neste ano.

A redução na estimativa do PIB de 2012 do mercado financeiro vem após a divulgação, no começo deste mês, do resultado do crescimento da economia no primeiro trimestre deste ano. Os números mostram que o PIB cresceu 0,2% nos três primeiros meses de 2012, em comparação com o último trimestre de 2011.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2012 permaneceu estável em R$ 1,90 por dólar. Para o fechamento de 2013, a estimativa subiu de R$ 1,87 para R$ 1,88 por dólar.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2012 ficou inalterada em US$ 20 bilhões na semana passada. Para 2013, a previsão do mercado para o saldo positivo da balança comercial brasileira permaneceu em US$ 15 bilhões.

Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 55 bilhões. Para 2013, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros diretos subiu de US$ 59 bilhões para US$ 59,4 bilhões.



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