Mercado financeiro prevê menos inflação

Previsão dos analistas para IPCA de 2009 cai de 4,53% para 4,50%

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 O mercado financeiro baixou, na última semana, a sua projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano e de 2010, mas também elevou a estimativa de retração da economia brasileira prevista para 2009 em decorrência da crise financeira internacional, segundo números divulgados nesta segunda-feira (3) pelo Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.

Inflação Segundo a pesquisa feita pelo BC com os economistas, a previsão para o IPCA deste ano passou de 4,53% para 4,50% e, para 2010, a expectativa caiu de 4,40% para 4,35%. No sistema metas de inflação que vigora no Brasil, pelo qual o BC tem de atingir metas pré-determinadas pelo governo, tendo como principal instrumento a taxa de juros. Quando julga que a inflação está em convergência com as metas, pode baixar os juros, mas quando vê pressões inflacionárias, opta por subí-los para conter a demanda por produtos e serviços.

Para 2009 e para 2010, a meta central de inflação é de 4,50%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, de modo que pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que seja formalmente descumprida. A previsão do mercado financeiro para o IPCA para este ano, portanto, está um pouco acima da meta central de inflação. Além do IPCA, também melhorou a previsão dos analistas para outros índices.

No caso do Índice Geral de Preços ao Mercado, por exemplo, a previsão do mercado passou a ser de deflação. A expectativa, que estava em 0,30% para este ano, passou para -0,01%. Para o IGP-DI, a projeção do mercado para este ano recuou de 0,50% para 0,33%. Os IGPs servem de referência para os reajustes de aluguéis e serviços públicos. Crescimento econômico No caso do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão dos economistas piorou na última semana. O mercado baixou a estimativa de contração, que estava em 0,34%, para um recuo de 0,38% para este ano.

Os economistas já chegaram a prever, há alguns meses, uma retração de 0,71% para a economia em 2009. Se confirmada a previsão do mercado, será a primeira retração desde 1992, quando o PIB recuou 0,54%, de acordo com a série histórica disponibilizada pela autoridade monetária. Para 2010, porém, a expectativa do mercado para o crescimento do PIB subiu de 3,50% para 360%. Juros Na última semana, o mercado manteve a expectativa de que a redução de juros efetuada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em julho, quando a taxa Selic recuou de 9,25% para 8,75% ao ano, será o último corte de juros do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A ata do Copom, divulgada na última semana, reforçou essa previsão.

A expectativa do mercado é de que a taxa Selic feche 2009 justamente em 8,75% ao ano - atual patamar dos juros. A previsão dos analistas é de que ela permaneça neste nível pelo menos até o fim de setembro do ano que vem. Já no último trimestre de 2010, segundo a estimativa do mercado, a taxa deve avançar para 9,25% ao ano. Deste modo, os economistas preveem um aumento de 0,5 ponto percentual da taxa no fim do ano que vem. Taxa de câmbio Na semana passada, dado que foi divulgado nesta segunda-feira (3), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2009 caiu de R$ 1,95 para R$ 1,90 por dólar. Para o fim de 2010, a previsão recuou de R$ 2 para R$ 1,97 por dólar na última semana.

Balança comercial

No caso da balança comercial brasileira, a projeção do mercado financeiro para o saldo (exportações menos importações) de 2009 subiu de US$ 23 bilhões para US$ 23,10 bilhões na última semana. Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões. Para 2010, a previsão recuou de US$ 19,7 bilhões para US$ 19 bilhões de resultado positivo.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado financeiro para o ingresso de 2009 permaneceu estável em US$ 25 bilhões na última semana. Para 2010, a projeção de entrada de investimentos no Brasil subiu de US$ 27 bilhões para US$ 27,1 bilhões.



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