Mercado financeiro reduz previsão de alta do PIB de 2014 para 1,24% no país

Foi a 3ª semana seguida de queda na previsão do mercado de crescimento

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O pessimismo com o crescimento da economia brasileira este ano segue aumentando entre os economistas. Pela terceira semana seguida, os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, que passou de 1,44% para 1,24%.

Para 2015, a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 1,80% para 1,73%. Os dados constam do relatório de mercado, também conhecido como Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (16). O documento é fruto de uma pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.

A revisão para baixo da estimativa de crescimento do PIB do mercado financeiro para 2014 aconteceu após a divulgação do resultado do primeiro trimestre. No fim de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia do país registrou expansão de 0,2% nos três primeiros meses do ano, em relação ao quarto trimestre de 2013, com destaque para o bom desempenho da agropecuária.

O aumento do PIB do país previsto para 2014 pelo mercado financeiro continua abaixo do estimado no orçamento federal, de 2,5%, e também menor que a previsão divulgada pelo Banco Central em março, de alta de 2%.

Inflação

Os analistas do mercado também baixaram, na semana passada, de 6,47% para 6,46% a previsão para 2014 do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país e calculado pelo IBGE.

Com isso, o valor permanece próximo do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação para o ano. A previsão chegou a ultrapassar o teto em abril, mas depois recuou. Para 2015, porém, a expectativa do mercado para o IPCA subiu de 6,03% para 6,08% na semana passada. Foi a terceira elevação seguida neste indicador.

Pelo sistema que vigora atualmente no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta da autoridade monetária seja formalmente descumprida.

Taxa de juros

Os analistas do mercado financeiro também mantiveram, na semana passada, a estimativa de que a taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira ficará estável, no atual patamar de 11% ao ano, até o fechamento de 2014.

No fim de maio, a taxa foi mantida estável pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ? o que interrompeu um ciclo de nove altas consecutivas ao longo de 13 meses. Para o fim de 2015, a previsão dos analistas para o juro básico da economia permaneceu em 12% ao ano.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 permaneceu em R$ 2,40 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 2,50 por dólar.

A projeção para o superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2014 recuou de US$ 2,25 bilhões para US$ 2 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial ficou estável em US$ 10 bilhões.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros ficou inalterada em US$ 55 bilhões.



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