Mercado prevê mais um corte dos juros e PIB abaixo de pífios 3%

Caso os juros recuem para 8,5% ao ano nesta semana, será a menor taxa já registrada em toda a série histórica do Banco Central.

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Os economistas dos bancos continuaram prevendo, na última semana, que a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Banco Central, recuará de 9% para 8,5% ao ano na quarta-feira (30), quando termina a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da autoridade monetária. A decisão será anunciada no início da noite de quarta.

Caso os juros recuem para 8,5% ao ano nesta semana, será a menor taxa já registrada em toda a série histórica do Banco Central, que começa em 1986. Até o momento, os menores juros já registrados na economia brasileira vigoraram entre julho de 2009 e abril de 2010 (8,75% ao ano). Se os juros caírem para 8,5% ao ano, a taxa acionará as mudanças na caderneta de poupança ? que passará a render, pela primeira vez desde 1861, menos de 6% ao ano.

Isso porque, pelas novas regras definidas pelo governo federal, a poupança passará a ser atrelada aos juros básicos da economia, rendendo 70% da aplicação, mais a Taxa Referencial.

Esse novo formato de rendimento da poupança será aplicado, porém, somente quando a taxa básica de juros, definida pelo Banco Central, atingir justamente 8,5% ao ano ? o chamado "gatilho" para a mudança. Pela regra anterior, que vigorava desde 1991, a poupança não podia render menos de 6,17% ao ano, mais TR. As mudanças valem somente para aplicações feitas de 4 de maio em diante.

Além disso, os analistas das instituições financeiras também reduziram, novamente, sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A estimativa recuou de 3,09% para 2,99%, informou o Banco Central, que conduziu pesquisa, na semana passada, com mais de 100 instituições financeiras. O levantamento dá origem ao relatório de mercado, também conhecido como Focus. Para 2013, porém, a previsão de crescimento do PIB do mercado financeiro permaneceu em 4,50%.

Com isso, a previsão do mercado financeiro se distancia das estimativas do Ministério da Fazenda (4% de expansão neste ano) e do próprio Banco Central, que, até o momento, prevê uma taxa de crescimento de 3,5% em 2012.

A revisão das expectativas do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira acontece após a divulgação, em 18 de maio, do Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária. O índice registrou, em março, queda pelo terceiro mês consecutivo (-0,35%) e, no acumulado do primeiro trimestre, apresentou um crescimento de 0,15% sobre os três meses anteriores ? o que representou desaceleração.



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