Mercado reduz de novo previsão de juros

Expectativa acompanha novas reduções nas expectativas de inflação para este ano

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os analistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão para a taxa Selic - a taxa básica de juros da economia brasileira - em 2010 para 11,5% ao ano, contra 11,75% previstos na semana passada. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (2) no relatório Focus, documento semanal elaborado pelo Banco Central a partir de consultas a economistas e especialistas.

A previsão é acompanhada de uma revisão para baixo nas expectativas sobre os principais indicadores de inflação - com exceção do IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), apurado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e usado para medir a evolução geral de preços na economia, sinalizando uma média da inflação nacional - embora não seja mais usada para reajustar a tarifa de telefone, ainda é referência para correções das dívidas dos Estados com a União.

No mês passado o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central aumentou a Selic de 10,25% para 10,75% ao ano - ou seja, em 0,50 p.p. (ponto percentual), terceira elevação consecutiva.

A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado, que são influenciados também por outros fatores, como o risco de quem pegou o dinheiro emprestado não pagar a dívida.

O BC eleva os juros para evitar aumentos nos preços dos produtos e deixar a inflação próxima da meta central fixada pelo governo, que é de 4,5% para 2010. Com juros mais altos, a tendência é que as pessoas passem a comprar menos e pegar menos empréstimos, o que ajuda a segurar a inflação.

Para o consumidor, o impacto mais direto de um aumento da taxa básica é o encarecimento dos empréstimos e dos juros cobrados pelos bancos e comércio nas diferentes modalidades de financiamentos.

Inflação

Para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) - índice que o BC usa para controlar a meta de inflação -, a estimativa hoje é de 5,27%, abaixo do 5,35% na edição anterior. O dado, no entanto, está muito acima do centro da meta estabelecida pelo banco, de 4,5%.

O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), que é usado no reajuste de contratos de aluguel, por sua vez, deve ficar em 8,47%, abaixo dos 8,57% vistos na semana passada. O IGP-DI deve subir 8,36. O IPC (Índice de Preços as Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), por sua vez, deve ficar em 5,12% neste ano, abaixo do 5,15% visto no boletim anterior.

Para o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país), a estimativa foi mantida em 7,20% - mesma previsão das cinco últimas edições do boletim.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES