Negócios voltados para o público LGBTQIA+ se expandem em Teresina

Atuar nesse nicho exige uma compreensão maior sobre o público, buscando entender, ainda mais, suas necessidades, anseios, percepções e comportamento

bar | reprodução
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Trabalhar com pessoas demanda muita habilidade, empatia e disposição. Empresas se moldam de acordo com o cliente, e o público LGBTQIA+ se torna o alvo do mercado, onde inclui um universo de produtos, bares, publicações, boates, moda, e outras empresas voltadas exclusivamente para a população homoafetiva.

Empreendedores encontram ótimas oportunidades nesse nicho de mercado, se validando de várias opções de negócios. Durante a pandemia não foi diferente, os empreendimentos expandiram-se e movimentaram o comércio piauiense, obtendo um crescente público de diversos gêneros, dando auxílio de opiniões no avanço de novas formas de serviços ofertados.

Cresce o número de bares e pubs LGBTQUIA+ em Teresina - Fotos: Divulgação

Gedaias de Andrade, empreendedor LGBTQIA+, possui um bar voltado para a comunidade e explica sua visão sobre o cenário atual na capital, com o impacto da pandemia. “Nosso cenário se encontra em tentativa de retorno. Algumas novas casas estão abrindo, mas as dificuldades são enormes. Somos um público muito grande, extremamente exigente e com as restrições da atual pandemia tudo vira um verdadeiro desafio. Quando se tenta fazer um trabalho de qualidade e se depara com muitas barreiras, muitas delas vindas de dentro da própria comunidade, é necessário ter muita determinação para fazer acontecer”.

A exigência do público reflete nos espaços frequentados, contribuindo na roupagem, tratamento e serviços disponibilizados nos empreendimentos. Gedaias pontua passos importantes para tornar o local aconchegante e movimentado pelos clientes, além do que é necessário para montar um negócio voltado ao público-alvo.

Público homoafetivo é um dos que mais crescem no mercado consumidor 

“Cuidado com a estética e conceito do espaço físico, manter uma proposta bem clara e definida em termos de estilos de música e atrações, investir na valorização de uma equipe de colaboradores, estar sempre atento às demandas do público e filtrar as que são possíveis de serem atendidas, promover um bom atendimento do cliente, procurar manter o conforto físico para o público ao máximo (ventilação, limitar capacidade de público), tratar todos com igualdade”, abordou.

Mercado com alto potencial de crescimento

A diversidade do mercado procura sempre se alinhar à diversidade de gênero, propondo inclusão e respeito, e tornando possível a presença das pessoas em lugares agradáveis. Sane Araújo, sócia de um pub e bar em Teresina, fala otimista sobre a expansão dos locais e negócios criados para clientes homoafetivos.

Empreendimentos não atraem apenas a população homoafetiva, mas também apoiadores 

“Vemos que é um ambiente que vem se expandindo, muitos locais se dizem inclusivos, mas poucos se declaram bar/pub LGBTQIA+, em Teresina nós vemos que tem tido o aumento de locais que buscam uma representatividade para esse grupo, mas que ainda sim precisa crescer mais”, descreveu.

Os empreendedores diversificam seus trabalhos para melhor atender as demandas dos clientes, com diferenciais que claramente não se veem em outros espaços que são voltados para o público heterossexual. A exemplo de diversão e criatividade, muitos pubs e bares apostam no entretenimento com karaokê, apresentações ao vivo, como DJ e drag queens.

“Em bar hétero, sempre é mais a galera do sertanejo, forró, tem uns ao vivo MPB quando o bar é mais alternativo. Em pub LGBTQIA+ observamos mais apresentação de drag queen, DJs da comunidade. Também tem ao vivo, mas a gente ver que é aqueles mais alternativos que cantam músicas de bandas/cantores LGBT”, comentou Sane sobre os espaços que carregam esse viés de representatividade.

Locais trazem diferencial para agradar a comunidade 

Produtos que agregam representatividade

A movimentação do mercado para o público alternativo mostra a variedade de negócios que podem ser criados do zero e que garantem uma renda estável e clientes de todos os estilos. A exemplo da moda, Bruna Cavalcante, estudante de direito, é consumidora ferrenha da moda alternativa e expõe o reflexo do crescimento do setor.

“Várias empresas de moda já buscam chamar atenção nos modelos destinados à comunidade LGBTQIA+. É visível o crescimento de lojas e bazares que agregam esse valor da representatividade, além de agradar o gosto dos clientes”.

Lojas e locais viraram um grande empreendimento no Piauí, e a constante pesquisa traz a inovação e maior criatividade dos empresários. Cativar e poder receber o universo LGBTQIA+ torna possível a maior participação do público, que antes via poucas opções de entretenimento, moda e produtos com uma identificação singular.

“O mais atraente é você mostrar que seu estabelecimento trabalha pra eles, que não vai ter julgamento, não vai existir situações que bares héteros podem acabar proporcionando (por exemplo) e que ali a pessoa pode ser quem ela é, sem tabu”, completou a sócia do pub.

Locais tem decoração temática e especial para os clientes 



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