Nordeste responde por 33% dos novos empregos

Termômetro do setor, consumo de cimento aumenta 10% ao ano na região

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Construção Civil | Arquivo
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De cada três novos postos de trabalho gerados na construção civil no Brasil, um está no Nordeste. Nos últimos seis meses do ano, o setor deverá empregar aproximadamente 70 mil trabalhadores em todo o país, de acordo com estimativa do Secovi-SP (sindicato da habitação). Só o Senai deve formar entre 50 mil e 60 mil trabalhadores para o setor este ano, diz o presidente do sindicato, João Crestana.

- Os canteiros de obra também estão formando muita gente. Temos que incentivar a população que está no Bolsa Família ou no seguro-desemprego a trabalhar. Em João Pessoa, capital da Paraíba, a paisagem agora tem edifícios com mais de quarenta andares. Em cinco anos, a oferta de apartamentos dobrou na cidade. A expansão é resultado de mais crédito imobiliário, investimentos em infraestrutura e maior procura por imóveis novos. Em Pernambuco, o maior crescimento do setor se está no interior do Estado. O consumo de cimento, um dos principais termômetros da atividade no país, aumenta 10% ao ano na região Nordeste – valor muito acima da média brasileira, que registrou queda de 0,38% nas vendas no ano passado.

A Copa do Mundo no Brasil, em 2014, deverá incrementar ainda mais o setor nos próximos anos. Mas aí está o problema: faltam trabalhadores com qualificação. Antes, o mercado procurava exatamente o trabalhador sem instrução, mas o cenário mudou, afirma o engenheiro civil Roberto Cardoso. - Antigamente era a mão de obra desqualificada ia para a construção civil.

Hoje não dá mais para fazer assim. Nós temos processos de qualidade, processos de estruturação, de planejamento. O servente tem que saber ler, pelo menos. Apesar de faltar mão de obra qualificada, o mercado não vai sofrer por falta de mão de obra, afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. Para ele, a entrada da força de trabalho feminina nas obras deve ajudar a amenizar o saldo negativo de mão de obra da construção. - O setor vai encontrar uma saída, assim como encontrou quando havia falta de crédito. Além disso, hoje, já temos muitas mulheres na construção civil nas mais diversas funções.

No caso do Nordeste, o crescimento do emprego na construção contribui ainda para amenizar um problema social: a migração para os Estados do sul do país. Com o emprego e a renda em alta, o nordestino prefere ficar em casa a se arriscar em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, diz o eletricista Edilson Ferreira. - Eu já fui para o Sul, passei necessidade no Sul, passei fome no Sul e hoje eu vivo aqui "mais bem" do que no Sul.



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