Oferta de crédito deixa jovens endividados

Tanto acesso ao crédito também viabiliza a compra de bens.

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KELLY | Universitária diz que meta para 2012 é se livrar de dívidas | Reprodução Jornal MN
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Com o aumento do poder de compra dos brasileiros, facilitado pelos meios de pagamento cada vez mais flexíveis, o número de devedores em todo o país também tem aumentado, em especial, junto aos jovens.

Também é fato que os jovens nunca tiveram tanto acesso ao crédito como agora. De acordo com pesquisa recente divulgada pela agência Namosca - especialista no universo jovem - 86% dos jovens entrevistados possuem conta corrente, 77,3% conta poupança, 76,4% cartão de crédito, 84,9% cartão de débito e 62,3% cartão de lojas.

É justamente a forte presença de produtos financeiros entre este público que aponta para um maior estímulo ao consumo e, consequentemente, um maior endividamento. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), os cartões de crédito para jovens já representam 12% do total do mercado.

Tanto acesso ao crédito também viabiliza a compra de bens. A pesquisa da agência Namosca aponta que 41% desses jovens universitários das principais capitais do país têm carro. O item, aliás, foi apontado como sonho de consumo por 35,3% dos entrevistados.

Em 2012, o sonho de muitos jovens teresinenses é principalmente conseguir a estabilidade financeira e quitar dívidas. Este é o caso da estudante Andreia Luzia Barros, 22 anos, que afirma ter começado o ano endividada.

“Estou devendo muito e os meus maiores gastos são comigo mesma. Gosto de comprar roupas, calçados e esse ano quero zerar tudo e me programar melhor”, explica.

Planejamento é saída para evitar inadimplência

Mesmo não sendo a maioria dos inadimplentes, o economista Alexandre Lopes pontua que o fato de consumidores tão jovens já figurarem com um percentual tão alto é um reflexo da crescente entrada deles no mercado de concessão de crédito.

Para ele, a principal receita para evitar ou controlar esse endividamento precoce é a educação financeira começar cedo estimulada pela família. “Crédito não é prejudicial, mas sim a falta de preparo dos jovens para controlar gastos”.

As principais orientações aos jovens para evitar o endividamento são: elaborar um orçamento mensal; fazer anotações de receitas e despesas do mês; comprar sempre à vista; nunca gastar mais do que o valor que recebe e evitar contrair dívidas com parcelamentos a longo prazo e em vários locais diferentes.



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