Outra empresa de Eike, OSX admite que pode pedir recuperação judicial

No comunicado, a empresa diz ainda que as medidas para a reestruturação podem incluir “combinações empresariais”

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A OSX, empresa de construção naval do grupo EBX, de Eike Batista, admitiu nesta quinta-feira que pode pedir recuperação judicial, conforme informou o blog do colunista Ancelmo Gois. Na quarta-feira, a petrolífera OGX, do mesmo conglomerado, recorreu à proteção da Justiça, após não conseguir negociar dívidas bilionárias com credores internacionais. A empresa tinha um total de R$ 5,3 bilhões em dívidas em 30 de junho, último dado disponível.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirmou que pode adotar a mesma estratégia ?caso a sua administração verifique ser esta a medida mais adequada para a preservação da continuidade de seus negócios e a proteção dos interesses da OSX e dos interesses de seus stakeholders?.

No comunicado, a empresa diz ainda que as medidas para a reestruturação podem incluir ?combinações empresariais?. A companhia destacou, no entanto, que as operações continuam normalmente, não comentando a informação de uma possível demissão de 200 funcionários, previstas para a próxima segunda-feira, segundo a nota publicada pelo GLOBO:

?A companhia vem cumprindo o seu dever de estar preparada para a eventualidade de vir a exercer tal direito legal, enquanto segue trabalhando normalmente em seus negócios, nas diversas frentes de diálogo que mantem em curso simultaneamente, visando avançar em suas iniciativas de reestruturação, incluindo potenciais combinações empresariais?, diz o comunicado.

Nesta terça-feira, o estaleiro anunciou que vai rescindir o contrato de afretamento de uma plataforma com a OGX, o que dificulta ainda mais a sustentabilidade das finanças da empresa de petróleo do grupo e torna pública uma guerra que vinha sendo travada entre as duas empresas nos bastidores das negociações para reestruturação do grupo.

A plataforma é a OSX-1, que estava instalada no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos. Tubarão Azul é o único campo de petróleo da OGX em operação, mas já vinha apresentando problemas operacionais, o que levou à interrupção de sua produção desde julho deste ano.

A disputa entre as duas empresas é por valores que são devidos pela OGX à OSX, que foi um dos pontos que atrapalhou as negociações com os credores, já que, assim, não se consegue saber ao certo o tamanho da dívida.

Segundo as propostas feitas a credores pela OGX em reuniões nos últimos dois meses, a OGX considera que sua dívida com a empresa-irmã é de US$ 900 milhões. Já a OSX reivindica US$ 2,6 bilhões, segundo os mesmos documentos. Como credor da OGX, a OSX terá que aprovar o plano que será apresentado após o pedido de recuperação judicial.



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