O Banco Central (BC) já tinha indícios de irregularidades no Panamericano quando aprovou a venda de parte do banco para a Caixa Econômica Federal, em julho de 2010. Com a autorização, a Caixa pôde depositar a segunda e última parcela do pagamento do negócio, de R$ 232 milhões, segundo depoimento do vice-presidente de Finanças do banco, Márcio Percival, à Polícia Federal.
O BC diz que a autorização só foi dada em novembro daquele ano, quando as investigações já tinham confirmado as fraudes contábeis e o então controlador do banco, Silvio Santos, aceitara tomar um empréstimo para cobrir o rombo e, assim, manter o Panamericano funcionando.
Documentos internos do BC anexados aos processos que apuram as fraudes de R$ 4,3 bilhões no banco mostram que os técnicos da instituição começaram a desconfiar do Panamericano em maio. Em julho, os inspetores investigavam uma diferença de R$ 4 bilhões na contabilização de carteiras de crédito cedidas para outras instituições financeiras. Foi justamente nesse tipo de operação que se concentraram as fraudes que quebraram o banco.
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