Perdi o emprego. E agora?

Perdi o emprego. E agora?

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A busca pela recoloca??o no mercado de trabalho exige calma e estrat?gia. Afinal, somente na regi?o metropolitana de S?o Paulo h? hoje 1,5 milh?o de pessoas desempregadas. Ou seja, s?o 14,9% da popula??o economicamente ativa disputando uma vaga, em tempos de muitas exig?ncias e poucos (bons) empregos dispon?veis.

Para Adriano Arruda, diretor-geral da Catho Empregos, h? duas coisas b?sicas: nunca se abater e transformar a busca por recoloca??o em uma rotina di?ria.

Segundo ele, a procura come?a pela atualiza??o do curr?culo, que deve ser distribu?do entre o maior n?mero de empresas poss?vel. Arruda lembra que o bom curr?culo ? aquele com informa?es sucintas.

Em uma p?gina, diz o consultor, o interessado deve informar suas qualifica?es profissionais e seu hist?rico de trabalho, com ?nfase nas principais habilidades e nas eventuais promo?es. ?? preciso ter o objetivo de vaga definido. Nada de atirar para todos os lados?, diz. Ele alerta que erros de portugu?s no curr?culo s?o fatais para qualquer pretens?o de obter uma vaga.

Em seguida, ? hora de informar conhecidos, simpatizantes e finalmente aos amigos a procura por nova oportunidade de trabalho. Tamb?m ? importante consultar a internet e classificados de jornais. Na edi??o de amanh? do Jornal da Tarde, por exemplo, h? milhares de vagas divulgadas no caderno Empregos.

Arruda faz outro alerta, desta vez sobre a veracidade das informa?es tanto do curr?culo como as fornecidas durante a entrevista. ?N?o minta. As empresas ir?o checar as refer?ncias e certamente v?o descobrir a mentira?, diz. Quando a demiss?o est? relacionada a um fato grave, melhor assumir o problema .

Izilda Leal Borges, gerente de Atendimento ao Empregador do Centro de Apoio ao Trabalhador da Prefeitura de S?o Paulo (CAT), vai al?m e diz que o candidato deve andar com pelo menos vinte curr?culos ? m?o. ?O foco deve ser espec?fico?, diz ela. Ela reitera que durante a busca ? preciso conter a ansiedade e o nervosismo.

Apesar das recomenda?es dos especialistas, o sentimento de frustra??o ? o primeiro a tomar conta de um trabalhador que j? foi alvo de demiss?o. ? o que diz o administrador Jorge Parra, de 53 anos. Diretor de uma empresa de tecnologia americana em S?o Paulo, em mar?o de 2002 foi pego por um corte de investimentos da companhia na Am?rica Latina.

Rec?m-separado da mulher, teve de voltar a morar com ela e as duas filhas, por falta de recursos. O passo seguinte foi reduzir o or?amento. Conversou com as tr?s e explicou a situa??o. ? ?poca, al?m de arcar com as despesas da casa, tamb?m pagava o estudo das filhas, uma no col?gio e a outra na faculdade.

Como passavam os meses e n?o vinha o novo emprego, Parra criou uma rotina para recuperar a auto-estima: fazia atividades f?sicas e rememorava pontos importantes de sua carreira. Tamb?m refez sua rede de contatos para verificar poss?veis oportunidades de trabalho.

De repente, descobriu a religi?o budista e reavivou seu lado espiritual. Passou a freq?entar um templo da Capital e, aos poucos, diz, recuperou a tranq?ilidade. Ap?s seis meses de busca, encontrou um trabalho de consultor, no Rio de Janeiro. ?Ainda que n?o fosse o que eu esperava, tive de aceitar?.

S? encontrou trabalho fixo novamente em maio de 2003, um ano e dois meses depois de demitido. De l? para c?, v? o problema do desemprego ? dist?ncia, mas confessa que tirou uma li??o. ??s vezes, confundimos uma posi??o profissional com uma situa??o de vida?, diz.



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