Petrobras vai dobrar de tamanho com pré-sal, afirma Graça Foster

A executiva disse que a companhia trabalha com uma cobrança muito forte para reduzir custos

Graça Foster | Divulgação
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A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse neste sábado que a empresa vai dobrar de tamanho até 2020 com a produção do pré-sal. Em sete anos, metade do que a estatal produzir virá do pré-sal, segundo a executiva, que participou de evento sobre energia na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.

"Mas temos que reduzir custos e produzir", afirmou. Ela destacou que hoje o custo de produção do pré-sal é de US$ 40 a US$ 44 por barril, enquanto nos Estados Unidos, segundo ela, os preços são de US$ 44 a US$ 50.

A executiva disse que a companhia trabalha com uma cobrança muito forte para reduzir custos e afirmou que "não é barato produzir petróleo". "Uma companhia de petróleo não é para qualquer executivo chegar e dizer "vou fazer petróleo" e fazer, em dois ou três anos", afirmou Graças Foster.

Bolívia e Argentina

A presidente da Petrobras destacou a importância das boas relações com os demais países da América Latina, como Bolívia e Argentina, e enfatizou que quaisquer relações envolvendo produção energética tendem a ser duradouras, já que matrizes energéticas são rígidas e que os projetos são de longos prazos.

"As relações entre países são extremamente delicadas e precisam ser mantidas pela estabilidade econômica feita pelos lideres e pela estabilidade regulatória", afirmou. Graças Foster lembrou que 22% do PIB da Bolívia depende do gás que o país exporta ao Brasil e que o Brasil depende deste produto boliviano, por exemplo, e que há interesse do Brasil em estar muito bem com a Argentina, do ponto de vista econômico.

Pasadena

A executiva disse que a Petrobras pretende fazer uma "revitalização comercial" na refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, mas não deu detalhes sobre como seria essa mudança.

A presidente da Petrobras disse que o investimento em Pasadena, em 2005, foi feito em um momento de altos preços no refino. "Em 2008 e 2009, a margem de refino chegou a bater US$ 25 por barril. Hoje está em US$ 8, US$ 9. A diferença é muito grande". Segundo ela, isso impõe dificuldades às refinarias. "Naquele momento foi um bom negócio. Hoje, você olha para trás e diz que não. Tivemos no meio do caminho, em 2008, uma grande quebra da economia mundial."

Na África, Graças Foster enfatizou o objetivo da companhia de crescer na Nigéria, onde a empresa já atua. "Temos atuação bastante expressiva na Nigéria, e vamos crescer porque temos prospectos muito bons, como o de campo de Egina. Então nossa produção na Nigéria deverá crescer."



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