PF descarta crime comum em furto de dados da Petrobras

PF descarta crime comum em furto de dados da Petrobras

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O Superintendente da Pol?cia Federal no Rio de Janeiro, delegado Valdinho Jacinto Caetano, descartou, nesta ter?a-feira, a hip?tese de crime comum no caso do furto de dados sigilosos da Petrobras. Quatro notebooks e dois discos r?gidos com informa?es estrat?gicas foram levados de um cont?iner transportado pela norte-americana Halliburton no in?cio deste m?s.

Jacinto Caetano afirmou que "tudo indica" que o furto tenha sido "obra de espionagem industrial". "Havia mais equipamentos que foram deixados para tr?s. Essa forma de atuar indica que o roubo foi direcionado", disse o delegado, um dia depois do respons?vel pela per?cia do local, Isaac Morais, ter afirmado ? Folha que o furto seria crime comum.

"Havia material de escrit?rio e laptops e se privilegiou o roubo desses, o que nos leva a descartar a hip?tese de roubo comum. At? porque, em roubo comum, se leva o computador inteiro para utiliza??o posterior e n?o o HD [disco r?gido]. Quem procura o HD procura a informa??o nele contida", afirmou Caetano

O delegado criticou a seguran?a do sistema de transporte de dados importantes da estatal petrol?fera. Na opini?o de Caetano, ele ? "falho".

"O sistema de seguran?a para esse material era bastante falho. N?o havia forma de controle espec?fica e havia muita gente que tinha acesso a esse tipo de informa??o. Para um escrit?rio-cont?nier, a seguran?a era adequada, mas quando h? informa??o privilegiada, a forma de seguran?a passou a ser inadequada."

Em entrevista coletiva a jornalistas, o delegado informou ainda que roubos e furtos de notebooks em cont?ineres da Petrobras v?m ocorrendo h? mais de um ano. Segundo Caetano, os casos anteriores foram registrados na Pol?cia Civil porque a empresa n?o vislumbrou a inten??o de se furtar informa?es consideradas qualificadas. "Isso vai ser trazido para a atual investiga??o para verificarmos se h? liga??o."

Depoimentos

O Superintendente da PF do Rio informou hoje que j? foram ouvidas nove pessoas que tiveram contato com o cont?iner ainda n?o se sabe quantos pessoas, ao todo, tiveram acesso ao conte?do transportado. Ele acrescentou que nas pr?ximas semanas, mais 15 envolvidos prestar?o depoimento no inqu?rito.

O delegado, por?m, n?o informou quem ser? interrogado. O ?nico nome ouvido at? agora cuja identidade foi confirmada ? do gerente setorial de prote??o empresarial da Petrobras, Luis Lima Blanc, respons?vel por comunicar o furto ? PF. Foi ele quem confirmou que as informa?es furtadas vinham de uma sonda na Bacia de Santos, em S?o Paulo, regi?o das recentes megadescobertas das reservas de Tupi e Jup?ter.

Em entrevista ? imprensa hoje, no Rio, Caetano confirmou que todo o material furtado era da Halliburton, empresa terceirizada que fazia pesquisas para a Petrobras. A estatal brasileira, na semana passada, j? havia informado que possui c?pias de todos os dados, mas n?o especificou ao que eles se referiam.

45 Pessoas

Apesar do governo tratar o furto de equipamentos da Petrobras como quest?o de Estado, os dados secretos da estatal que estavam em quatro notebooks desaparecidos entre a bacia de Santos e Maca? (cidade litor?nea 188 km ao norte do Rio) viajavam em um cont?iner que poderia ser aberto por pelo menos 45 pessoas, detentoras de c?pias da chave.

Funcion?rios da Halliburton disseram a agentes da PF da Delegacia de Maca?, onde tramita o inqu?rito, que existe uma chave padr?o para cont?ineres como o que levava os computadores port?teis e outros equipamentos de inform?tica em meio a pe?as de escrit?rio.



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