Piauí fecha acordo para projeto de US$ 148 milhões com o BID e FIDA

Projeto em fase de finalização aplicou US$ 33 milhões e beneficiou mais de 100 mil famílias em 89 municípios.

Projeto Viva o Semiárido | Divulgação
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Fruto de parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e Governo do Estado, o Projeto Viva o Semiárido (PVSA) foi finalizado no Piauí, beneficiando mais de 100 mil pessoas em 89 municípios.

Segundo Francisco das Chagas Ribeiro, superintendente de Desenvolvimento Rural da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), em oito anos de implementação, o Viva o Semiárido, viabilizado por meio de um acordo de empréstimo com FIDA, no valor de US$ 33 milhões sendo 20 milhões do FIDA e 13 milhões de contrapartida do Estado e beneficiários, atendeu a 22 mil famílias.

Em todas as áreas houve avanços importantes e geração de renda, qualificação técnica e empoderamento do público beneficiário, sobretudo mulheres, jovens e comunidades quilombolas.

Nos últimos dias, segundo Francisco das Chagas, uma missão do FIDA em conjunto com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) esteve visitando os municípios de Ipiranga, Acauã, Paulistana, Betânia do Piauí e outros municípios para chegar todos os itens pactuados, levantando questões sobre o impacto social, as questões ambientais e produtivas de comercialização e segurança alimentar.

Fortalecimento da agricultura familiar (Divulgação)

Impactos

O projeto, segundo Francisco das Chagas, foi assinado em 2013 e as atividades práticas foram iniciadas em 2013. "Nesse encerramento foi feita avaliação do impacto e o resultado foi positivo, principalmente com relação ao enfrentamento da pobreza", diz, enfatizando que os grupos que recebeu apoio do Projeto Viva o Semiárido houve redução do índice de pobreza na região.

Ao falar sobre o projeto, a secretária da Agricultura Familiar, Patrícia Vasconcelos, está satisfeita com os números do projeto. “A gente que atua no projeto, muitas vezes, estamos dentro de um gabinete, dentro de uma sala de reuniões. E ficamos felizes com os números do projeto, quem foi beneficiado, realmente mudou de vida. Mas nada se compara em ver e ouvir de pertinho os números se transformando em melhoria de vida, é emocionante. Isso mostra que estamos no caminho certo. É importante as pessoas perceberem que investir nas populações mais pobres, do semiárido, passa por uma decisão política, uma decisão do Governo do Piauí. Isso é motivo de orgulho”, afirma Patrícia Vasconcelos.

Transição para Projeto Piauí Sustentável e Inclusivo com US$ 148 milhões

Para Francisco das Chagas, a finalização do projeto representa ainda uma transição para um novo acordo de empréstimo, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola).

O projeto Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI) contará com mais recursos totalizando US$ 148 milhões e irá escalar a experiência do PVSA, de atender um número maior de municípios e introduzir novas ações como acesso à água e energias renováveis. O novo projeto continuará o foco na redução da pobreza rural, na adaptação às mudanças climáticas e no trabalho com grupos mais vulneráveis, como é o caso de comunidades tradicionais, quilombolas, jovens e mulheres. Será um projeto ainda maior.

Reunião Quintais produtivos (Divulgação)Relatório de Avaliação de impacto

De acordo com Francisco das Chagas, o Relatório de Avaliação de Impacto do Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, elaborado pela Universidade Federal de Viçosa, segundo o qual o índice de pobreza multidimensional da população beneficiada pelo PVSA teve queda de 10%. Outros resultados mostraram que pelo menos 75% das famílias aumentaram em 20% a renda média agrícola e não agrícola e 20% relataram melhorias no índice de propriedade de bens domésticos.

Além disso, 18% informaram aumento anual dos volumes de vendas de produtos comercializados apoiados pelo Projeto. Com relação à produção, 60% das famílias afirmam que houve incremento e o mesmo número de famílias relatam a adoção de novos, tecnologias ou práticas.

Projeto permitiu a aquisição de 25 mil matrizes de ovinos e caprinos

Os aportes do Projeto na criação e comércio de ovelhas e cabras por arranjos familiares permitiu a aquisição de 25 mil matrizes e reprodutores de ovinos e caprinos, que resultaram no melhoramento genético, qualidade dos rebanhos e na construção de 2.518 centros de manejo, na implantação de três mil hectares de forrageiras e na aquisição de equipamentos e capacitação, além de assistência técnica continuada.

O município de Betânia, localizado no Vale do Itaim, na divisa com Pernambuco, se destacou na ovinocaprinocultura por meio do trabalho e organização da associação Ascobetânia, que tornou-se um polo produtor e fornecedor de carne diretamente para os consumidores.

A cidade se tornou referência não apenas no fornecimento de animais para abate, mas também na venda de animas matrizes e reprodutores e com o projeto Viva o Semiárido, a Ascobetânia investiu na infraestrutura da cadeia produtiva, no manejo alimentar e sanitário.



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