Preços da Petrobras serão definidos pela estabilidade e volatibilidade

Diretor diz que falará sobre preços na próxima semana e que há possibilidades de reajuste de alguns produtos.

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates | Tomaz Silva/Agência Brasil
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A estabilidade versus volatilidade será o critério adotado pela Petrobras nas decisões sobre alterações de preços dos combustíveis, segundo o presidente da empresa, Jean Paul Prates. Em entrevista nesta sexta-feira (12), ele anunciou que irá falar sobre preços na próxima semana e que há possibilidade de reajuste em alguns produtos. Prates deixou claro que não existe uma paridade internacional de preços, mas sim uma paridade de importação.

A empresa continuará seguindo as referências internacionais e considerando a competitividade em cada mercado em que atua. O presidente afirmou que a Petrobras não irá perder vendas nem deixará de ter preços atrativos para seus clientes, que são as distribuidoras de combustíveis e gás liquefeito de petróleo (GLP). Ele lamentou a venda da BR Distribuidora ao setor privado, o que, segundo ele, inviabilizou o contato da estatal com o consumidor final.

Além do critério de atratividade para o cliente, a Petrobras também observará a abdicação das vantagens nacionais que ocorreu no passado, como ter refinarias próximas aos consumidores e fontes de petróleo e capacidade de refino nacional. Prates afirmou que esse modelo de preço empresarial será discutido mais detalhadamente na próxima semana.

Resultados 

Prates comemorou o resultado da empresa no primeiro trimestre, com investimentos de US$ 2,5 bilhões, sendo US$ 2 bilhões em exploração e produção. Destacou ainda o desenvolvimento de grandes projetos, como a construção de novas plataformas e a revitalização do Campo de Marlim, na Bacia de Campos. Ele afirmou que esse é o maior projeto do mundo de recuperação de ativos maduros da indústria offshore.

Nos primeiros 100 dias de gestão à frente da Petrobras, Prates destacou o foco em colocar as pessoas em primeiro lugar, apostar na transição energética, valorizar o potencial de cada região do país e abrir novas oportunidades de investimento. Ele ressaltou ainda que o pré-sal continuará sendo o centro das receitas e geração de caixa da empresa, garantindo a energia necessária para a sociedade brasileira. No primeiro trimestre, o pré-sal representou 77% da produção total da Petrobras e bateu um novo recorde de produção média mensal em fevereiro.

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 38,2 bilhões e Fluxo de Caixa Operacional de R$ 53,8 bilhões no primeiro trimestre de 2023. Prates se mostrou otimista em relação ao futuro da empresa e afirmou que continuarão construindo uma Petrobras sólida, competitiva, sustentável e em sintonia com as demandas da sociedade, erguendo novas fontes e alavancando novos investimentos para o país.

Gás

A Petrobras continua revendo todo o seu portfólio de ativos. Essa revisão está em linha com o processo de revisão do planejamento estratégico, à luz de mudanças no quadro nacional e externo. As conversas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foram reabertas e seguem em ritmo normal, informou diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Sergio Caetano Leite

Na área de gás, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, disse que a Petrobras pretende dar um choque de oferta, que vai ser baseado em investimentos da ordem de US$ 5,2 bilhões em três projetos que já estão aprovados e anunciados e alguns em construção (Rota3, para escoar o gás do pré-sal; BM-C-33, campo de gás condensado situado na Bacia de Campos; e projetos em Sergipe). São esperados resultados no curto e médio prazo.



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