Pregão oscila e dólar fecha em alta de mais de 15%

Aversão ao risco no exterior beneficia dólar

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O dólar comercial começou a semana em alta, fechando com valorização de 1,51% a R$ 1,739 nesta segunda-feira (26). O pregão foi de volatilidade, no entanto, com a moeda oscilando entre o terreno negativo e positivo antes de encerrar em alta. No exterior, o dólar subiu em relação a várias moedas nesta segunda-feira, movimento que impediu que o mercado voltasse a ameaçar o piso de R$ 1,70.

Em outubro, porém, a queda acumulada da moeda norte-americana é de 2,14%. Durante a manhã, o dólar tinha queda, alimentado pela expectativa de um fluxo consistente de capital para o país. Mas, no meio do dia, os negócios foram prejudicados por um problema nos sistemas da BM&FBovespa. Na volta das operações, os agentes se depararam com uma situação cada vez menos favorável a aplicações em ativos de risco.

O movimento no exterior era justificado como um ajuste provocado pela cautela de investidores em aprofundar ainda mais a queda do dólar no começo de uma semana repleta de indicadores relevantes, como a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre. No Brasil, os bancos são os agentes com as maiores apostas na queda da moeda norte-americana, com US$ 6,68 bilhões em posições vendidas nos mercados futuro de dólar e cupom cambial na sexta-feira. Os estrangeiros estão na ponta inversa, com mais de US$ 5 bilhões em posições compradas (aposta na alta do dólar).

"Os não-residentes (estrangeiros) estão bastante comprados. Então qualquer coisa no mercado que eles achem que pode interferir é motivo para essa volatildade", disse o operador de câmbio de uma corretora nacional, que preferiu não ser identificado. Além disso, embora a maioria dos agentes avalie que a tendência para a moeda norte-americana ainda é de queda, o comentário de vários profissionais de mercado é que, após a adoção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre capital estrangeiro, a postura do governo também impõe um componente de incerteza. "Isso causa uma certa preocupação, efetivamente", disse André Sacconato, economista da Tendências Consultoria. "(O governo) não fechou a caixa de ferramentas."



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES