“Prévia do PIB” fecha o segundo trimestre com alta de 0,89% no BR

Em relação ao 1º trimestre, quando alta foi de 1,1%, houve desaceleração

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Números oficiais do PIB serão divulgados pelo IBGE em 30 de agosto | Reprodução
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A atividade econômica do país registrou alta de 0,89% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, indicou nesta quinta-feira (15) o Banco Central.

O resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no segundo trimestre, que tenta ser uma "prévia" do PIB, ficou abaixo do registrado no primeiro trimestre deste ano - quando foi verificado um crescimento de 1,1% (número revisado) frente aos três últimos meses de 2012.

Os números oficiais do PIB do segundo trimestre deste ano, porém, serão conhecidos somente em 30 de agosto, quando será feita a divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (12), o mercado financeiro baixou sua expectativa de alta, em 2013, de 2,24% para 2,21%. Para o ano que vem, a estimativa de expansão econômica recuou de 2,6% para 2,5%.

Resultados do IBC-Br X PIB

O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, além dos impostos. Os últimos resultados do IBC-Br, porém, não têm demonstrado proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do IBC-Br de 2012, por exemplo, mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 0,9% no ano passado. No primeiro trimestre deste ano, o mesmo aconteceu. Enquanto o IBC-Br registrou uma expansão de cerca de 1,1% sobre os três últimos meses de 2012, o PIB veio menor: com um crescimento de 0,6%.

Em dezembro do ano passado, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, disse que o IBC-Br não seria uma medida de PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador útil" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca é que seria surpreendente", afirmou ele na ocasião.

Desempenho da economia

O fraco desempenho da economia registrado em 2012, e no começo deste ano, aconteceu apesar de várias medidas anunciadas pelo governo no decorrer do ano passado, como a redução do IPI para linha branca e automóveis, do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios.

O governo também reduziu, no ano passado, o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, liberou mais crédito para os estados, anunciou um programa de compras governamentais de R$ 8,4 bilhões, e também tomou medidas de defesa da concorrência.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimava uma expansão da economia acima de 4% para este ano no fim de 2012, revisou seus números e tem por "meta" para o PIB deste ano um crescimento de 3%. O BC projeta 2,7% de expansão e o mercado financeiro estima um crescimento de 2,21% para 2013.

Definição dos juros

O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros do país. Com crescimento menor da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 8,5% ao ano após três elevações em 2013.

Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2013, 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

A expectativa do mercado financeiro é de que os juros continuem subindo neste ano e terminem 2013 em 9,25% ao ano. Segundo analistas, a política de gastos públicos em alta, com um corte menor de gastos neste ano no orçamento por parte do governo federal, além da disparada do dólar, contribuem para pressionar a inflação.



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