Previdência privada cresce 9,5% em 2009

Crescimento foi impulsionado por planos do tipo VGBL

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O mercado de previdência privada aberta captou R$ 16,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 9,56% em relação ao valor captado nos seis primeiros meses de 2008, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (5) pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). A previdência privada é aquela complementar à previdência oficial, do INSS.

Os planos abertos são aqueles oferecidos por bancos e instituições de varejo, disponíveis para qualquer pessoa que queira contratá-los, em contraste a planos fechados, como os de fundos de pensão oferecidos somente a funcionários de certas empresas. Segundo a Fenaprevi, o resultado positivo no primeiro semestre foi impulsionado pelos planos do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livre), que tiveram captação 12,23% maior, de R$ 12,8 bilhões, de janeiro a junho. Os planos do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livre) tiveram captação 0,01% menor no primeiro semestre, de R$ 2,2 bilhões, segundo a Fenaprevi.

A captação dos planos tradicionais de previdência privada teve leve alta, para R$ 1,7 bilhão, ante R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre do ano passado. Outros produtos de previdência privada (planos Fapi, PGRP e VGRP) captaram R$ 8,2 milhões, uma queda de 23,88% em relação a 2008. Os tipos de planos diferem principalmente no que tange ao tratamento fiscal; o VGBL, por exemplo, é mais indicado para quem faz Imposto de Renda com a declaração simplificada, enquanto o PGBL é mais indicado para quem usa a declaração completa.

Outros planos mais antigos têm outras regras fiscais. Segundo Renato Russo, vice-presidente da Fenaprevi, os planos do tipo VGBL têm a maior taxa de crescimento por serem mais vantajosos para quem tem renda menor. "São muito mais pessoas que fazem a declaração do IR simplificada ou que são isentas do que as que fazem a declaração completa", diz ele. Além disso, diz Russo, os planos PGBL são mais procurados por empresas para oferecer a seus funcionários, mas devido ao ambiente econômico com a crise mundial esse segmento sofreu maior impacto. Os planos para menores de idade foram os que mais cresceram, com captação 16,32% maior, de R$ 1,1 bilhão, de janeiro a junho de 2009. Já os planos individuais tiveram captações 11,04% maiores no primeiro semestre, de R$ 13,5 bilhões.

Os planos corporativos, por sua vez, captaram R$ 2 bilhões, valor 1,91% menor que o obtido de janeiro a junho do ano passado. Os planos corporativos são aqueles comprados ou patrocinados por empresas junto ao banco ou instituição e oferecidos a seus funcionários, mas que ficam no nome destes últimos. Segundo a Fenaprevi, são 12,8 milhões de contratos de previdência privada no Brasil e cerca de 97 mil pessoas já recebem benefícios de seus planos. As instituições com as maiores captações no primeiro semestre deste ano foram o Bradesco Vida e Previdência (com 30,09% do total captado), Itaú Vida e Previdência (26,04%), BrasilPrev (ligado ao Banco do Brasil, com 15,73%), Caixa Vida e Previdência (8,97%) e Real Seguros Vida e Previdência (4,54%).



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