Previsão para o PIB tem retração de 0,73%

Expectativa para o câmbio no fim do ano cai de R$ 2,10 para R$ 2,04

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A previsão dos analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira voltou a piorar na última semana, segundo relatório de mercado, também conhecido como Focus, documento divulgado nesta segunda-feira (1) pelo Banco Central.

Na semana retrasada, o mercado esperava uma contração de 0,53% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, valor que avançou para uma retração maior (de 0,73%) na última semana. Se confirmada a previsão do mercado, será a primeira retração desde 1992, quando o PIB recuou 0,54%, e a maior desde 1990, momento no qual o PIB se contraiu 4,35%, de acordo com a série histórica disponibilizada pela autoridade monetária. Para 2010, entretanto, a expectativa do mercado para o crescimento do PIB permaneceu estável em 3,50%.

Durante a maior parte de 2008, a projeção do mercado financeiro para o crescimento do PIB deste ano esteve em 3,50%. A projeção oficial do governo para o crescimento deste ano já esteve em 5% na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Entretanto, foi revisada por cinco vezes e, neste momento, já está em 1%. O Banco Central revisou sua projeção de crescimento para 2009 de 3,2% para 1,2%.

Produção industrial

A estimativa do mercado financeiro para a produção industrial, por sua vez, continua negativa. Na semana retrasada, o mercado previa uma queda de 4,26% para este indicador em 2009, valor que subiu para uma retração de 4,50% na última semana. Para 2010, o mercado manteve em 4% de crescimento a sua projeção para a produção industrial.

Taxa de juros e inflação

Os economistas consultados pelo Banco Central também mantiveram, na última semana, a previsão de que a taxa básica de juros terminará 2009 em 9% ao ano. Para o mês de junho, a expectativa dos analistas é de que os juros recuem de 10,25% para 9,50% ao ano, ou seja, um corte de 0,75 ponto percentual. Para o fim de 2010, a expectativa foi mantida em 9,25% ao ano.

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de atingir metas pré-determinadas pelo governo, tendo como principal instrumento a taxa de juros. Para 2009 e para 2010, a meta central de inflação é de 4,50%.

Na última semana, a expectativa do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2009 foi mantida em 4,33%. Mesmo com o aumento, ainda permaneceu abaixo da meta central de 4,50% fixada para este ano. Para 2010, a estimativa do mercado para o IPCA ficou estável em 4,30%, também abaixo da meta central do período.

Taxa de câmbio

Na semana passada, dado que foi divulgado nesta segunda-feira (1), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2009 recuou de R$ 2,10 para R$ 2,04 por dólar. Para o fim de 2010, a projeção recuou de R$ 2,18 para R$ 2,13 por dólar na última semana. Atualmente, o dólar está operando ao redor de R$ 2, a menor cotação em oito meses, por conta da entrada de recursos na economia brasileira para o mercado acionário, para aplicação em renda fixa, e também para empréstimos a companhias brasileiras.

Balança comercial

No caso da balança comercial brasileira, a projeção do mercado financeiro para o saldo (exportações menos importações) de 2009 permaneceu em US$ 20 bilhões na última semana. Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões. Para 2010, a previsão caiu de US$ 15,10 bilhões para US$ 15,05 bilhões de resultado positivo.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado financeiro para o ingresso de 2009 subiu de US$ 22,9 bilhões para US$ 23 bilhões na última semana. Para 2010, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou estável em US$ 25 bilhões.



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