Produção da indústria cai e tem o pior resultado desde dezembro de 2008

Em 2013, atividade da indústria cresceu 1,2%, segundo o IBGE

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A produção da indústria brasileira caiu 3,5% em dezembro na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a segunda queda mensal seguida do indicador, e o pior resultado desde dezembro de 2008, quando houve queda de 12,2%.

Com a queda no último mês do ano, o total da indústria ficou 6,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011, ressalta o IBGE.

"Vale ressaltar que o comportamento de menor intensidade da produção industrial nos dois últimos meses do ano não só eliminou o ganho de 0,9% assinalado no período de agosto-outubro, mas também confirmou um segundo semestre marcado pelo menor dinamismo", diz a pesquisa.

No acumulado de 2013, a atividade da indústria fechou com alta de 1,2%, mostrando melhora em relação a 2012, quando o setor teve queda de 2,5%, e sobre 2011, quando a alta foi de 0,8%.

Setores

Na passagem de novembro para dezembro, houve queda em 22 dos 27 ramos pesquisados. A mais acentuada foi em veículos automotores, de 17,5%, pressionada, segundo o IBGE, pela concessão de férias coletivas em várias empresas do setor. Foi o terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando queda de 22,9%.

Houve quedas significativas também na produção de máquinas e equipamentos (-6,2%), farmacêutica (-11,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,3%) e metalurgia básica (-7,4%). Outros impactos negativos vieram dos setores de borracha e plástico (-6,7%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-14,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2%), calçados e artigos de couro (-13,4%), produtos de metal (-3,2%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-5,3%).

Já as altas foram verificadas em material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (10,6%) e vestuário e acessórios (10,9%).

No ano

Em todo o ano passado, a alta de 1,2% foi resultado do crescimento de 2,1% no primeiro semestre ? uma vez que os últimos seis meses do ano acumularam queda de 0,3%.

Na contramão do resultado de dezembro, a produção de veículos automotores teve a maior influência de alta, com crescimento de 7,2% no ano, puxada principalmente pela fabricação de caminhões, reboques e outros veículos para transporte de mercadorias.

Houve contribuições positivas também no ano dos setores de refino de petróleo e produção de álcool (7,3%), de máquinas e equipamentos (6,1%), de outros equipamentos de transporte (8,0%), de outros produtos químicos (2,3%) e de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (5,5%).

Por outro lado, entre os ramos que reduziram a produção, os principais impactos foram observados em edição, impressão e reprodução de gravações (-10,2%), farmacêutica (-9,7%), indústrias extrativas (-4,1%), bebidas (-4,1%) e metalurgia básica (-2,0%).



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