Puxado pelo agro, PIB do Piauí apresenta 4º maior crescimento do Brasil entre 2002 e 2018

Setor agropecuário saltou 21,6% em relação aos últimos três meses de 2022.

Agronegócio é responsável por 20% dos empregos no Brasil | Arquivo Agência Brasil
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Um dos maiores destaques do crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano foi o setor agropecuário, que registrou um salto de 21,6% em relação aos últimos três meses de 2022. O Piauí é destaque e ocupa a 4ª posição como um dos estados em que o PIB mais cresceu no Brasil, atrás somente de Tocantins, Mato Grosso e Roraima. Em 16 anos, os PIBs de Mato Grosso, Tocantins, Roraima e Piauí aumentaram em ritmo acelerado, superando vários estados e representam mais que o dobro em relação ao PIB de São Paulo.

Nos últimos anos, o agronegócio tem provocado transformações na cultura e nas cidades brasileiras, aumentando a renda de alguns estados acima da média, reduzindo a desigualdade e atraindo uma nova onda de migrantes em busca de oportunidades. Atualmente, 25% do PIB brasileiro provém do agronegócio, que envolve agropecuária, agroindústria, insumos, distribuição e outros serviços.

De acordo com a FGV Social, o Centro-Oeste se destaca por ter a renda média per capita do trabalho como a mais alta do país. Em termos de desigualdade, medida pelo índice de Gini (que varia de 0 a 1, sendo menor melhor), é a segunda região menos desigual (0,57), ficando atrás apenas da região Sul (0,54), que tem uma longa tradição agrícola. As duas regiões estão em melhor situação do que o Sudeste (0,59), que é mais rico, o Norte (0,61) e o Nordeste (0,67).

"Os indicadores do Centro-Oeste e de estados do Norte, como Rondônia e Tocantins, que fazem parte do mesmo processo, têm surpreendido", diz Marcelo Neri, diretor da FGV Social.

De acordo com projeções feitas pelo Departamento de Agricultura dos EUA, o agronegócio brasileiro liderará o aumento da produção de alimentos e das exportações até 2027, sustentando o crescimento nessas regiões. Em estados como Mato Grosso, nas cidades de Sorriso, Campo Novo do Parecis e Sapezal, atraem milhares de trabalhadores provenientes do Maranhão, Bahia, Minas Gerais e outras localidades que buscam emprego. 

O agronegócio é responsável por empregar, diretamente, 20% da população brasileira, com uma tendência de redução do trabalho nas fazendas e aumento da mão de obra na agroindústria e em atividades elacionadas ao setor. Vale destacar que setores  da construção civil, comércio e outros serviços também estão em expansão nas áreas próximas ao agronegócio.  Nos últimos 10 anos, as receitas que impulsionam as fazendas do Brasil e beneficiam os municípios do entorno delas aumentaram quase 40%, alcançando a marca de R$ 1,2 trilhão neste ano.

De acordo com a consultoria MB Associados, a atividade econômica deve apresentar cresceimenot de 6% nos estados agrícolas do Sul e 5,1% no Centro-Oeste em 2023. O avanço previsto é de 2,8% no Norte, 1,4% no Nordeste e 1,2% no Sudeste. Segundo Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, em alguns estados do Centro-Oeste, a participação do agronegócio no PIB já atinge a 50%.



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