Remédios podem voltar ao balcão e ficar ao alcance do consumidor

A Anvisa está discutindo a possibilidade de deixar que os medicamentos sem receitas possam voltar a ficar em balcões próximos ao consumidor.

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MAIS PERTO | Medicamentos sem receitas podem voltar a ficar nos balcões, onde há mais fácil acesso ao consumidor. | Reprodução Jornal MN

Os medicamentos vendidos sem receita médica, como analgésicos e antitérmicos, que hoje estão longe do alcance dos clientes em muitas farmácias de Teresina, poderão voltar para o alcance dos consumidores destes estabelecimentos, nas próximas semanas.

O assunto está sendo discutido pela Anvisa em nível nacional em uma consulta pública e será decidido dia 28 de junho, durante reunião com autoridades competentes.

Desde 2010, a Anvisa determinou que medicamentos sem prescrição médica só podem ser vendidos por um atendente. Com isso, as prateleiras onde eles ficam expostos passaram a ser de alcance apenas do vendedor da farmácia ou drogaria.

Na época, a agência reguladora alegou que o remédio, mesmo isento de receita, pode apresentar risco à saúde e, por isso, o cidadão deve ser orientado por um farmacêutico antes de comprar.

Isso, no entanto, poderá mudar e os remédios voltarem às gôndolas das farmácias. Mas a mudança divide opiniões.

Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia, no Piauí, Roberto Gomes, os medicamentos não deverão voltar ao alcance dos clientes, uma vez que isso poderá trazer consequências desagradáveis. ?Esses medicamentos ao alcance dos clientes é prejudicial à saúde pública, traz riscos à população?, disse.

Segundo o presidente do Conselho, a resolução que colocou os medicamentos isentos de prescrição atrás do balcão não tem contribuído para reduzir o número de intoxicações.

Além disso, segundo parecer do grupo de trabalho que avalia o marco regulatório dos medicamentos isentos de prescrição após aquela norma ter sido editada, observou-se, inclusive, uma maior concentração de mercado.

Um estudo da equipe técnica da Anvisa sinaliza que a retirada dos medicamentos do alcance do consumidor tem diminuído o poder de escolha do cliente.

Em 2007, 4,6% dos remédios isentos de prescrição foram indicados pelo atendente, balconista ou farmacêutico. A influência afetou 9,3% das vendas em 2010, ano em que a exigência determinada pela Anvisa já estava em vigor, segundo estudo apresentando.



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