Resultado do PIB deve desacelerar no 2º trimestre, diz Mantega

Resultado mostra que a economia brasileira mantém vitalidade apesar das medidas de contenção do crédito

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Guido Mantega | Divulgação
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (3) que, apesar do crescimento de 1,3% do PIB no primeiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, o resultado deve começar a desacelerar a partir do segundo trimestre. Para o governo, contudo, esse resultado mostra que a economia brasileira mantém vitalidade apesar das medidas de contenção do crédito.

"Se nós olharmos um pouco mais adiante, ou seja (...), os resultados de abril e de maio, vamos perceber que a economia brasileira desacelerou um pouco mais e, portanto, o segundo trimestre deste ano vai ter um crescimento menor do que esse de 1,3% que foi observado no primeiro trimestre", afirmou.

O ministro explicou que o motivo do menor crescimento previsto são as medidas adotadas pelo governo de moderação ao crédito. "O crédito está crescendo menos, está se expandindo nesse primeiro quadrimestre, aí já falo incluindo abril, algo como 13%. Ele vinha crescendo mais de 20%. Portanto, há uma moderação de crescimento do crédito (...) em uma escala menor que vinha acontecendo", explicou.

Mantega reafirmou a previsão revisada de 4,5% de crescimento do PIB para 2011 pelo Ministério da Fazenda. "Ainda haverá uma desaceleração para que dê a média de 4,5% ao longo do ano. No segundo trimestre, poderá ficar abaixo de 4,5% anualizado. No segundo semestre, haverá, provavelmente, alguma aceleração de modo que a média ficará em torno de 4,5% para o crescimento de 2011?, disse Mantega.

Medidas de contenção ao crédito

Por conta da desaceleração, o ministro voltou a descartar nesta sexta-feira novas medidas macroprudenciais de contenção ao crédito no país. "Quando você fala de medidas macroprudenciais nós estamos falando as medidas de aumento de capital dos bancos, que foram tomadas no final do ano passado, e essas eu não vejo necessidade de novas medidas dessa natureza neste momento". Mantega afirmou, contudo, que em relação à medidas de moderação da entrada de capital externo, o governo olha com atenção devida.

O ministro disse, ainda, que a economia brasileira se comporta diferente da mundial. ?É um crescimento menor do que o crescimento do ano passado, porém mostra que a economia brasileira mantém a vitalidade que adquiriu nos últimos anos. E ela se diferencia do comportamento da economia mundial?. De acordo com o ministro, mesmo a China já dá sinais de desaceleração.

Mantega afirmou que o resultado do primeiro trimestre foi impulsionado principalmente pelo crescimento da agricultura. "A indústria de transformação cresceu 2,8%, o que é muito positivo e desmente algumas ideias que a indústria de transformação brasileira está com problemas ou recuando". Ele acrescentou, ainda, que os serviços, apresentou crescimento menor, de 1,1%. "Esse crescimento já reflete acomodação da economia brasileira aos ajustes que nós fizemos desde o final do ano passado no sentido de moderar o crescimento".

Inflação

Para o ministro, com as medidas de contenção ao crédito adotadas pelo governo, a inflação já dá fortes sinais de queda. "Todos os indicadores de pesquisas (...) apontam que a inflação está caindo".

Comércio exterior

Em relação às exportações, o ministro afirmou que o comércio exterior está indo bem neste ano, e "até melhor do que no ano passado". De acordo com Mantega, as exportações estão crescendo e o saldo comercial a ser alcançado poderá chegar a US$ 25 bilhões. Para ele, o déficit em transações correntes deverá ficar menor que as previsões, em torno de 2,3%. "Estamos se defendendo com as exportações de commodities", afirmou.



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