Rombo do INSS cresce 14,8% e beira R$ 30 bilhões

De janeiro a agosto, a arrecadação líquida somou R$ 111,8 bilhões

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O déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a previdência do setor privado, avançou 14,8% nos oito primeiros meses deste ano, para R$ 29,9 bilhões, informou nesta quarta-feira (23) o Ministério da Previdência Social. Em igual período de 2008, o resultado negativo somou R$ 26 bilhões.

De janeiro a agosto deste ano, segundo o Ministério da Previdência, a arrecadação líquida somou R$ 111,8 bilhões, com crescimento de 5,02% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 106,49 bilhões). Enquanto isso, as despesas com o pagamento de benefícios previdenciários cresceram 6,95%, para R$ 141,7 bilhões, contra R$ 132,5 bilhões em igual período de 2008.

O ministro da Previdência Social, José Pimentel, disse que o déficit do INSS avançou neste ano principalmente por conta do aumento do salário mínimo, que subiu de R$ 415 para R$ 465 em 2009. Ou seja, uma elevação de 12%. Com o reajuste do mínimo, subiu também o pagamento dos benefícios previdenciários.

Mês de agosto

Em agosto deste ano, por sua vez, o déficit do INSS somou R$ 5,19 bilhões, o que representa um crescimento de 22,4% frente ao mesmo mês do ano passado, quando totalizou R$ 4,24 bilhões. Na comparação com julho deste ano, o resultado negativo subiu muito mais: 67,4%. Isso porque, no mês retrasado, o déficit somou R$ 3,1 bilhões.

Segundo o Ministério da Previdência Social, o forte aumento do déficit do INSS de julho para agosto se deve à antecipação da primeira parcela do 13o salário dos aposentados e pensionistas, com impacto de R$ 1,62 bilhão em agosto. O valor total da antecipação é de R$ 7,98 bilhões. A diferença foi paga no início do mês de setembro.

Novo formato

No mês passado, o Ministério da Previdência mudou o formato de divulgação do resultado do INSS - que foi mantido neste mês, apesar das intensas reclamações dos jornalistas.

A nova fórmula de anúncio prioriza os números da Previdência urbana, geralmente superavitária, em detrimento da Previdência rural - que apresenta déficits. As Previdências rural e urbana, juntas, formam o déficit de todo o INSS.

Pelo novo formato, não são mais divulgadas comparações dos números conjuntos, de cada mês, o que dificulta a tarefa de encontrar os valores. Apesar de tornar mais difícil a divulgação, o ministro da Previdência, José Pimentel, insiste que o novo método seria mais "transparente".

Projeções

O Ministério do Planejamento informou na última semana - estimativa que consta na revisão do orçamento deste ano - que a previsão para o déficit da Previdência Social neste ano subiu de R$ 40,7 bilhões para R$ 41,4 bilhões.

A expectativa do governo é que o pagamento de benefícios previdenciários totalize R$ 223,2 bilhões neste ano e que a arrecadação líquida do INSS fique em R$ 181,7 bilhões.



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