Samsung é investigada por exploração de menores na China

A organização é a mesma que acusa a Apple e a Foxconn de violarem leis trabalhistas no mesmo país.

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Uma investigação que culminou em relatório publicado nesta terça (7) pela ONG China Labor Watch expõe irregularidades como exploração de menores de 14 anos, punições físicas a funcionários e jornadas de trabalho excessivas em unidade de uma das fornecedoras da Samsung na China, a HEG Electronics.

A organização é a mesma que divulgou, em junho, relatório que acusa a Apple e a Foxconn de violarem leis trabalhistas no mesmo país.

"Membros da China Labor Watch ficaram perplexos ao saber dos resultados da investigação, que mostra que a prática de contratar crianças é prevalente nesta fábrica", lê-se no documento, feito público e divulgado pelo site da "Laptop Magazine".

Segundo a investigação, cerca de 80% da força de trabalho da planta é composta por "aprendizes", o que inclui trabalhadores legais e os abaixo de 16 anos de idade.

POR BAIXO DOS PANOS

A investigação foi conduzida sem a consciência de qualquer órgão do governo chinês, disse Li Qang, um diretor da ONG, à "Business Insider".

Segundo Qang, sete crianças foram entrevistadas por um representante da ONG que se infiltrou pleiteando uma vaga de trabalho na empresa.

"O que mais queremos é que essas crianças voltem para a escola", disse Qang.

JORNADAS DE 11 HORAS E LESÕES

Também foram relatados discriminação em processos de recrutamento e má lida de acidentes de trabalho na fornecedora da Samsung.

As jornadas dos trabalhadores têm duração de, no mínimo, 11 horas. Os turnos da noite, com essa duração, têm intervalo de 40 minutos para refeição.

Recompensas financeiras eram prometidas aos funcionários que relatassem defeitos nos produtos, mas elas nunca eram dadas: pelo contrário, a empresa multava os notificantes em US$ 79 (cerca de R$ 160).

"A gerência é abusiva durante o trabalho, por vezes batendo nos funcionários que estão na fábrica", diz o relatório.



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