Setor de álcool eleva em 565% os pedidos ao BNDES

Pedidos de financiamento para a construção de usinas de álcool cresceram 565,13%

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As cr?ticas de organismos internacionais ? produ??o de biocombust?veis n?o reduziram o apetite do empresariado de investir no setor, e os pedidos de financiamento para a constru??o de usinas de ?lcool cresceram 565,13% de janeiro a abril ante igual per?odo do ano passado, segundo dados do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econ?mico e Social).

No per?odo o valor somou R$ 2,338 bilh?es e se refere a pedidos em fase de enquadramento, quando j? foram encaminhados formalmente ao banco e ocorre a apresenta??o dos projetos. At? o fim de 2007, a carteira do banco (que inclui opera?es em an?lise e as j? aprovadas) do setor sucroalcooleiro somava R$ 19,751 bilh?es. De 2001 a 2007, o crescimento m?dio anual dos desembolsos para novos projetos de produ??o de ?lcool foi de 312,3%.

Em abril, o relator especial das Na?es Unidas sobre o Direito ? Alimenta??o, Jean Ziegler (que deixou o cargo na semana passada), disse que a produ??o em massa de biocombust?veis representa um "crime contra a humanidade" por seu impacto nos pre?os mundiais dos alimentos.

Na ocasi?o, o presidente Luiz In?cio Lula da Silva reagiu ? declara??o de Ziegler e disse que descartar a produ??o de biocombust?veis ? o "verdadeiro crime contra a humanidade". Lula tamb?m chamou de "palpiteiros" os que t?m relacionado a alta dos pre?os dos alimentos com a produ??o de biocombust?veis.

Lula disse que a alta recente nos pre?os dos alimentos n?o tem uma ?nica explica??o. Entre as causas, o presidente relacionou o aumento no pre?o do petr?leo, a quebra em safras de mundo todo, o aumento no valor dos fretes, as varia?es cambiais, a especula??o financeira e o aumento no consumo em pa?ses como China, ?ndia e da ?frica e Am?rica Latina.

Em entrevista publicada no jornal franc?s "Le Monde", na ?ltima sexta-feira (2), o novo relator da ONU para o Direito ? Alimenta??o, Olivier De Schutter, pediu limites ? produ??o de biocombust?veis para fazer frente ? alta dos alimentos.

Ao falar do efeito do crescimento da produ??o de biocombust?veis, acusados de influenciar em alta o pre?o dos alimentos, disse que apesar de n?o defender uma morat?ria no sentido jur?dico, e de ter consci?ncia de que n?o h? volta quando se v? o peso que t?m em um pa?s como o Brasil, ? preciso impor limites.



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