Sistema brasileiro de exportação vira modelo internacional

Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) é referência mundial

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Um dos pioneiros na implantação de sistemas que reúnem etapas dos processos de vendas internacionais, o Brasil serve de modelo para outros países com o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). Lançado em 1993 na modalidade de exportação, o programa permite registrar, acompanhar e controlar a saída e o ingresso de mercadorias no País. "É muito completo e tem atualizações que vêm o tornando uma ferramenta cada vez mais eficiente", avalia a professora do curso de Comércio Exterior da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Patrícia Duarte Peixoto Morella.

O módulo Exportação do Siscomex foi desenvolvido pelo Banco Central. Quatro anos depois de ir ao ar, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) disponibilizou a versão para importação. Em 2007 e 2008 foram lançados, respectivamente, o Drawback Suspensão Web e o Drawback Verde-Amarelo Web, vinculados ao Siscomex Exportação e Importação. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os dados servem de apoio para a efetivação e a baixa do ato concessório.

Todas as operações de comércio internacional dentro do Brasil devem passar, obrigatoriamente, pelo sistema. "O Siscomex foi concebido inicialmente para simplificar os processos e diminuir a burocracia e o timing da exportação e da importação, além de apurar a fiscalização aduaneira. Desde o início, foi visto como algo revolucionário, porém bastante custoso para que as empresas pudessem se adaptar ao formato", lembra a professora do Programa de Internacionalização das Empresas (PIER) da Universidade da Região de Joinville (Univille) Jurema Tomelin Barg.

Além de agilizar os procedimentos, a informatização do comércio internacional deu mais confiabilidade aos negócios. Os registros reúnem informações comerciais, financeiras, cambiais e fiscais, e têm como usuários exportadores, importadores, depositários e transportadores. O acompanhamento é feito por Secretaria de Comércio Exterior, Receita Federal e demais órgãos anuentes, que atuam em funções específicas. Por meio de dados transferidos para o SISBACEN, também atuam Banco Central e instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio.

Para a professora Jurema, o sistema está à altura das necessidades das organizações brasileiras. "Temos, entre os pontos altos, facilidade de acesso via web, melhora da interface com o usuário e delimitação inteligente dos campos à medida que o usuário registra as informações, o que o aproxima do sistema", diz. Patrícia, professora da Univali, aponta outras qualidades. "O Siscomex é responsável pela integração dos órgãos intervenientes, padronização das informações, harmonização de códigos e nomenclaturas. Além disso, permite que importador e exportador acompanhem o status da mercadoria pelo próprio sistema, sem necessidade de recorrer especificamente aos órgãos responsáveis", explica.

Com atualizações constantes e avaliado como bastante dinâmico pelos usuários, o Siscomex é um dos grandes acertos do comércio exterior brasileiro - prova disso é o fato de ter inspirado sistemas em outros nações. "Países como Argentina e Chile, por exemplo, criaram plataformas similares, mas ainda não chegaram ao que apresentou o Brasil", compara Patrícia.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES