Trabalhadores do setor aéreo paralisam suas atividades por aumento de salários e atrasam voos

As manifestações ocorreram nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Guarulhos, na Grande São Paulo, além dos aeroportos de Santos Dumont e Antonio Carlos Jobim, ambos no Rio de Janeiro.

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Por aumento de salários, os trabalhadores do setor aéreo fizeram protesto na manhã desta quinta-feira (22) em aeroportos brasileiros, causando atraso em voos. Às 11h, dos 892 voos domésticos programados, 173 (19,4% do total) estavam atrasados e 74 (8,3%) foram cancelados, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

As manifestações ocorreram nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Guarulhos, na Grande São Paulo, além dos aeroportos de Santos Dumont e Antonio Carlos Jobim, ambos no Rio de Janeiro.

 A paralisação também atingiu o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Paraná, o Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, Santa Catarina, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com o sindicato dos aeroviários, às 15h será realizada uma assembleia para definir se a greve deve ser estendida para o dia seguinte ou se vai haver uma suspensão temporária.

Veja a situação de cada região abaixo:

São Paulo
Os grevistas convenceram funcionários de companhias aéreas a não entrarem no trabalho entre 6h e as 7h. Os guichês das companhias aéreas estavam abertos e funcionaram normalmente. O atraso se deu, no entanto, no momento de embarcar. Como reflexo da paralisação, ocorreram atrasos nos embarques e cancelamentos de voos.ao longo da manhã.

Entre 6h e 9h, das 58 partidas previstas no Aeroporto de Congonhas, 16 foram canceladas e 17 voos tiveram atraso superior a 30 minutos.

Em Guarulhos, a Gru Airport, informou que dos 18 voos previstos para decolar das 6h às 7h, 13 sofreram atrasos, mas nenhum foi cancelado. Uma manifestação de funcionários de companhias aéreas cancelou cinco das dez partidas entre 6h e 7h no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, São Paulo. A assessoria de imprensa do terminal informou que os passageiros que tiverem problemas devem procurar as companhias aéreas para conseguir um novo voo.

Rio de Janeiro
Até 7h22, 14 voos — 10 partidas e 4 chegadas — foram cancelados no Santos Dumont. No Galeão, a manifestação acontecia nos acessos do aeroporto, na Rua Vinte de Janeiro, o que causou lentidão em outras vias, como a Linha Vermelha. Às 7h52, carros ainda enfrentavam um grande confestionamento, já que a manifestação fez com que apenas uma pista da via estivesse liberada.

Paraná
No Paraná, a paralisação estava programada para encerrar às 7h. Apesar de uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), divulgada na noite de quarta-feira (21), para que a categoria mantenha 80% dos funcionários trabalhando durante a greve, já havia registros de voos  atrasados no Afonso Pena por volta das 6h30. Neste horário, também havia grande movimentação de passageiros no terminal.

Distrito Federal
Cerca de 30 aeronautas e aeroviários se reuniram em frente à entrada de embarque doméstico no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, às 6h desta quinta-feira (22). A Inframerica, concessionária que administra o aeroporto, informou que de 14 voos previstos para saírem entre 6h e 7h desta quinta-feira, sete tiveram atrasos superiores a 30 minutos.

Rio Grande do Sul
A manifestação no Aeroporto Internacional Salgado Filho durou cerca de uma hora, provocou atraso de voos e gerou filas de passageiros nos guichês das companhias aéreas.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que fosse assegurada a cota mínima de 80% dos aeronautas em atividade durante a manifestação. A multa em caso de descumprimento é de R$ 100 mil por dia.

Santa Catarina
Em Santa Catarina, o aeroporto da capital foi atingido. No total, quatro voos previstos para o horário da paralisação, entre 6h e 7h, foram cancelados - dois de chegada de dois de saída - e outros quatro atrasaram. Todos eram da Gol. Os passageiros fizeram check-in normalmente e aguardavam mais informações nas salas de embarque.

Em Navegantes, no Litoral Norte, não houve alterações. No aeroporto de Criciúma, no Sul, um voo saiu às 5h15 com destino a Campinas, em São Paulo, e o próximo está previsto para chegar às 14h50. Em Chapecó, no Oeste, dois voos saíram às 5h e um estava previsto para chegar às 7h.

Goiás
Aeronautas e aeroviários paralisaram as atividades das 6h às 7h desta quinta-feira no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia.

Durante o ato, apenas um voo registrou atraso na decolagem, conforme informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A aeronave seguia em direção a São Paulo.

Minas Gerais
Trabalhadores do setor aéreo fizeram uma paralisação entre as 6h e 7h desta quinta-feira. De acordo com a BH Airport, empresa que administra o terminal, dos seis voos previstos para o horário somente um decolou. A empresa informou que um voo foi cancelado com antecedência. Os outros voos tiveram atraso.

Durante a paralisação, os guichês das companhias aéreas ficaram abertos e funcionaram normalmente. Ainda segundo a empresa, informações ainda estão sendo levantadas para um balanço dos serviços que foram prejudicados no aeroporto.

Recife
A paralisação não afetou a decolagem e pouso dos voos no Recife. Por volta das 6h20 desta quinta (22), a movimentação no Aeroporto Internacional da capital era tranquila e o horário dos voos estava normal. O Tribunal Superior do Trabalho determinou um efetivo mínimo de 80% de aeronautas e aeroviários em serviço, cobrando uma multa diária de R$ 100 mil, caso a determinação seja descumprida.

Maranhão
A paralisação nacional de trabalhadores do setor aéreo nesta quinta-feira não prejudicou as atividades no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, em São Luís, neste início de manhã. Não há registro de atrasos nas decolagens.

Reivindicações
O ato que teve início nesta quinta-feira é organizado pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários (trabalhadores de companhias aéreas não incluindo os aeronautas), que anunciou ter entrado em greve nesta quinta-feira, às 6h, e pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (pilotos e equipes que embarcam), que marcou a suspensão de todas as decolagens entre as 6h e 7h. Ambos pedem reajustes salarias, entre outros itens.

Entre os pedidos dos aeroviários estão reajuste de 8,5% nos salários e criação de um piso para profissionais de check-in. Os aeronautas reivindicam "escalas que gerenciem o risco de fadiga, folgas que proporcionem vida social normal e ganho salarial real".

Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que está mobilizada desde as 5h, monitorando a situação da malha aérea e os eventuais impactos nas operações. A agência informou que fiscalizará a prestação de assistência aos passageiros pelas companhias aéreas.

"Caso o passageiro se sinta prejudicado ou tenha seus direitos desrespeitados, deve procurar a empresa aérea contratada para reivindicar seus direitos como consumidor. Se as tentativas de solução do problema pela empresa não apresentarem resultado, o usuário poderá encaminhar a demanda à Anac, aos órgãos de defesa do consumidor e ao Poder Judiciário." O descumprimento à resolução pode gerar multa de R$ 4 mil a R$ 10 mil por infração, por passageiro, segundo a agência.

A Gol Linhas Aéreas informou que, para minimizar os danos a seus clientes readequou sua malha e os reacomodou em outros voos.



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