“Ele está abalado”, diz pai de menino que levou 30 mordidas em creche

Menino foi levado para o hospital e deve contar com apoio psicológico.

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O pai do menino de um ano e quatro meses que levou 30 mordidas em uma creche, Marinho Marcelino de Miranda, disse que o comportamento do filho mudou após a agressão e ainda está se recuperando fisicamente. "Ele está muito abalado, nervoso. O comportamento dele mudou e vai demorar muito tempo para esquecer. Nos primeiros dias não conseguia nem dormir direito", contou. O episódio ocorreu no dia 16 deste mês na creche municipal Neusa Nadir Graf, em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e a Secretaria Municipal de Educação também abriu um processo de sindicância para apurar a agressão.

A mulher de Marinho, Carla Werleng Miranda, foi quem denunciou o caso à polícia na semana passada, um dia após a agressão. No boletim de ocorrência, ela relatou que por volta de meio-dia a diretora da creche telefonou para ela dizendo que o menino havia sido levado para um hospital porque teria sofrido um acidente.

Na unidade de saúde, a mãe foi informada que o filho teria sido mordido em um intervalo de cinco minutos quando uma das monitoras saiu para beber água. No entanto, ela discorda disso. "Acho que em cinco minutos uma criança da idade dele jamais faria o que ele fez. Ia dar uma ou duas mordidas e não mais de 30 mordidas como ele deu?, disse a mãe.

De acordo com a Polícia Civil, a criança apresentava várias mordidas pelo corpo e no rosto, além de ferimentos perto dos olhos e principalmente nas orelhas. A Secretaria Municipal de Educação informou ter instaurado um processo de sindicância para apurar o fato.

Lesões no olho

Marinho afirmou que o filho irá fazer exames para diagnosticar se houve lesão no olho direito porque está muito avermelhado. "Ele levou uma mordida no olho. Quando chegou ao hospital estava com o olho fechado devido ao inchaço. Acreditamos que isso tenha prejudicado o olho dele", pontuou. Segundo o pai, o filho teria desmaiado após as mordidas na creche. Ele teve ferimentos no corpo e no rosto.

Depois do ocorrido, o menino não foi mais à creche e está ficando com a mãe, que parou de trabalhar para cuidar dele. "Ficamos com medo e agora vamos pensar no que fazer". O pai da criança disse que a mulher está doente por conta disso. "Ela não foi mais trabalhar e está de cama desde que aconteceu isso. Não está com cabeça para mais nada", pontuou.

O alívio, conforme o vendedor, é o fato de uma psicóloga ter dito que a criança não irá ficar com trauma para sempre, pois tem menos de três anos de idade. A mãe e o menino estão recebendo acompanhamento psicológico para tentar superar o ocorrido, de acordo com a Secretaria de Educação do município.



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