Em 6 anos, Brasil registra aumento de 25% nos casos de infarto

Os casos passaram de um total de 81.505 registros em 2016 para mais de 100 mil, no ano passado

Infarto aumenta no Brasil | Christine Schmidt/Pixabay
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Nos últimos seis meses, o Brasil registrou aumento de 25% no total de internações provocados pro infarto. As informações são do Sistema Único de Saúde (SUS)Os casos passaram de um total de 81.505 registros em 2016 para mais de 100 mil, no ano passado. Para tratar a respeito das possibilidades de reverter esse cenário, especialistas estiveram reunido nesta semana no Rio de Janeiro, durante Encontro Internacional de Cardiologia Intervencionista, que é considerado o evento na América Latina.

Segundo o cardiologista e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologi aIntervencionista, Roberto Botelho, a saúde do coração é considerado um dos maiores desafios na área da saúde do País.

"Há um estudo feito em 60 países que mostrou que quanto menor a renda per capita e o nível educacional de uma população, pior os indicadores da saúde cardiovascular, maior a mortalidade por infarto, maior a hipertensão, maior epidemia. Por isso por isso fica quase que automático a gente supor - e dados mostraram isso - que a saúde cardiovascular do brasileiro vai mal e vem piorando", disse.

Em sua avaliação, Botelho diz que é necessário investir, com urgência, em recursos tecnológicos como forma de prevenção e tratamento. Ele destaca ainda sobre a importância de um olhar diferenciado e atento para os efeitos das doenças cardiovasculares. "Não só pelo gasto de saúde direta, consumo com remédio, UTI, como pelo pelo gasto com medicamentos, mas como o gasto das economia, por causa do custo secundário. A pessoa que tem a doença trabalha menos, produz menos. O impacto de um PIB no país é bastante afetado", declara.

Por trás de um número crítico, o especialista que há um dado positivo, pois  85% dos riscos que levam a doenças cardiovasculares podem ser evitados com a prática de hábitos saudáveis e que somente 15% dos casos não são possíveis de mudança de quadro.

"Só 15% que a gente não consegue modificar. Você consegue modificar o fato de ter na família uma genética de doença cardiovascular. Então qual é a melhor prática? Aí vem uma notícia muito boa: se você pratica exercícios, toma cuidado com seu intestino e procura uma comida mais saudável, se aplica  técnicas para diminuir o estresse, isso são medidas baratas que dependem muito mais da vontade de disponibilizar um tempo para aquilo e priorizar.. Com isso, a gente consegue uma transformação muito impactante na saúde populacional e individual", ressalta.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde disponibiliza atendimento gratuito para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares, em Unidades Básicas de Saúde. Segundo o Ministério da Saúde, caso seja necessário, o paciente é encaminhado para centro de Atenção Especializada, onde  o paciente conta com toda assistência para o acompanhamento com especialista, exames, tratamento e os procedimentos necessários, ambulatoriais ou cirúrgicos.



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