Embaixadora diz que reconstrução do Haiti pode levar 25 anos

A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas

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 A reconstrução do Haiti após o terremoto da última semana pode levar 25 anos e o balanço dos mortos pode superar os 200 mil, já que a ajuda não chegou à maior parte da população, declarou a embaixadora do Haiti na Espanha, Yolette Azor-Charles. "Teremos que contar 25 anos", declarou a embaixadora durante a abertura de Fitur, a feira de turismo de Madri, que foi inaugurada esta quarta-feira.

"A princípio eu disse que (a reconstrução) duraria 10 anos, mas quando me dei conta da magnitude do terremoto, pensei que era melhor dizer 15, depois 20, e agora 25 anos". Yolette disse que deve haver mais de 200 mil mortos porque a ajuda ainda não chegou a muitas localidades. Uma delegação do Ministério de Turismo haitiano, que viajaria para a Espanha para promover o turismo do país na Fitur, não pôde viajar devido ao terremoto e o pequeno stand do Haiti foi organizado por diplomatas da embaixada na Espanha.

O rei Juan Carlos I da Espanha inaugurou a Fitur com um minuto de silêncio para lembrar as vítimas do terremoto. O rei e sua esposa, rainha Sofia, saudaram calorosamente a embaixadora do Haiti em Madri. Terremoto Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti no último dia 12, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já enterrados.

O Haiti é o país mais pobre do continente americano. Morte de brasileiros A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, e pelo menos 17 militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto. Um militar está desaparecido.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país.

A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas. O Brasil no Haiti O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti. A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.



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