Empresa diz que automóvel com material radioativo já foi achado

Caixa com selênio estava intacta, mas seria analisada, segundo empresa.

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Uma denúncia feita para a Defesa Civil ajudou a localizar, no início da madrugada desta terça-feira (1º), na Cidade Alta, Bairro de Cordovil, subúrbio do Rio de Janeiro, o carro contendo o material radiotivo selênio, informou João Carlos Videira, diretor comercial da ArcTest, dona do veiculo e do equipamento roubados na noite de sábado (28). Policiais foram acionados para o local.

Segundo Videira, a caixa que contém o materal foi achada intacta e seria levada para análise mais detalhada. A empresa fica na cidade paulista de Paulínia. O carro seria levado para um pátio da Polícia Civil.

Na segunda-feira (30), o secretário estadual de Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, afirmou que os serviços de segurança pública estavam mobilizados na busca pelo Renault Logan prata roubado com material radioativo, na Baixada Fluminense. A caixa contém selênio, substância usada em radiografias obtidas com emissão de raios gama.

O perigo de exposição do material levou o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a oferecer a estrutura de segurança do estado para o caso.

O contato com o selênio pode causar sérios riscos para quem manuseá-lo. A manipulação incorreta do material pode inclusive levar a morte, segundo Ivan Salati, diretor de radioproteção e segurança nuclear da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).

"A ponta está dentro de uma blindagem. No entanto, o que vem a ser nossa preocupação é a abertura dessa fonte. Quebrar essa blindagem não é simples, não é fácil, mas se ocorrendo a pessoa que estiver manipulando pode correr risco em relação a sua saúde. Dependendo da dose pode haver queimaduras, comprometimento e dependendo do tempo que ficar pode haver até risco de vida", exemplificou Salati.

O especialista garantiu ainda que se o material permanecer guardado na blindagem, não oferece riscos. "Se a embalagem não for aberta, o risco é praticamente nulo, é um risco muito baixo", disse Salati. "Dentro de uma classificação de força da Agência Internacional de Energia Atômica nós temos de 1 a 5, sendo 1 a mais ativa, de maior risco. Essa é de categoria 3 que envolve cuidados mas não que nem a 1 e a 2. Mas envolve cuidados e principalmente cuidados voltados para quem tiver manipulando essa fonte", afirmou.



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