Entra em vigor nova regra para compra de geladeiras; preço pode subir

Modelos fora do padrão não poderão mais ser produzidos, mas indústria e varejo têm até o fim de 2025 para vender estoque antigo

Entra em vigor nova regra para compra de geladeiras; preço pode subir | Fabio Rodrigues/Agência Brasil
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Ao tomar a decisão de adquirir um eletrodoméstico, diversos fatores influenciam, desde o preço até o tamanho do equipamento. Um aspecto muitas vezes negligenciado durante a compra, mas de grande impacto na conta de luz e no meio ambiente, é a eficiência energética. Nesse contexto, uma nova resolução do Ministério de Minas e Energia (MME) busca restringir o consumo energético de geladeiras, visando torná-las mais eficientes.

A meta estabelecida para 2024 e 2025 é que o consumo máximo permitido desses aparelhos seja reduzido para 85,5% do padrão atual. Posteriormente, em 2026 e 2027, as restrições serão ainda mais rigorosas. A resolução impactará fabricantes a partir de janeiro de 2024, mas especialistas acreditam que o consumidor sentirá os efeitos práticos somente a partir de 2026.

Conforme a Rede Kigali, formada por organizações como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e o Instituto Clima e Sociedade (iCS), a primeira fase não resultará na retirada de nenhum modelo de geladeira do mercado. Contudo, a partir de 2026, 62% dos modelos existentes, incluindo 100% dos mais populares, precisarão ser retirados das prateleiras.

Enquanto representantes da indústria argumentam que a nova resolução eliminará modelos acessíveis e aumentará os preços, o Idec e o MME defendem que a economia na conta de luz compensará a longo prazo. A associação Eletros, representante da indústria de eletrodomésticos, afirma que os refrigeradores em conformidade com as novas regras não custarão menos de R$ 4 mil.

Em resposta às preocupações da indústria, o MME divulgou uma nota contestando a alegação de que os preços aumentariam significativamente. Alega que os equipamentos descontinuados em 2026 são uma pequena fração do mercado e que a própria associação indicou um aumento de cerca de R$ 350 em relação aos preços praticados atualmente.

Estudos da Clasp, uma ONG americana integrante da Rede Kigali, indicam que a resolução pode gerar economias significativas para os consumidores ao longo da vida útil do refrigerador, além de contribuir para a redução do consumo nacional de energia em 8,67 Terawatt-hora de 2026 até 2030, equivalente a dez meses do consumo de eletricidade dos serviços públicos de água, saneamento e esgoto do país.



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