Equipes retiram corpos do mar Mediterrâneo após queda de Boieng no Líbano

A causa do acidente ainda não é conhecida, mas a polícia já descartou a hipótese de terrorismo

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Aviao caiu no mar com 90 a bordo | Divulgação
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Equipes de resgate retiraram do Mar Mediterrâneo nesta segunda-feira (25) corpos de possíveis vítimas do acidente aéreo com um Boieng 737-800 da Ethiopian Airlines, que caiu logo após decolar de beirute, no Líbano.

Segundo a agência de notícias Associated Press, a BBC e a rede CNN, já foram resgatados 23 corpos. A agência Reuters fala em 21 corpos.

A aerovane levava 90 pessoas a bordo e decolou às 2h30 (horário local, 22h30 no horário de Brasília) com destino à capital da Etiópia, Addis Abeba.

A causa do acidente ainda não é conhecida, mas a polícia já descartou a hipótese de terrorismo e avalia que a queda possa ter sido provocada pelo mau tempo. Chovia forte em Beirute no momento da decolagem. O Exército libanês afirmou em um comunicado que o avião estava "em chamas após a decolagem".

?O tempo estava, sem dúvida, muito ruim?, disse o Ministro dos Transportes do Líbano, Ghazi Aridi. Segundo ele, a aeronave caiu a cerca de 3,5 km da costa libanesa. Helicópteros e navios vasculham a área em busca de possíveis vítimas e destroços.

A companhia aérea divulgou uma nota oficial em seu site confirmando que o avião está desaparecido.

Segundo embaixada francesa, a mulher do embaixador da França no Líbano, Denis Pietton, estava no avião.

?Uma equipe já está trabalhando no levantamento de todas as informações pertinentes?, diz o comunicado. ?Uma equipe de investigação foi enviada para o local e divulgaremos novas informações assim que recebermos.?

O Ministro dos Transportes declarou que na aeronave viajavam 54 libaneses, 22 etíopes, um iraquiano, um sírio, um canadense de origem libanesa, um russo de origem libanesa, uma francesa e dois britânicos de origem libanesa.

Parentes dos passageiros começaram a chegar no aeroporto de Beirut nesta segunda, muito emocionados. O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, anunciou um dia de luto oficial e pediu o fechamento de escolas entidades públicas.

A aeronave

O Boeing 737-800 tinha oito anos de uso e havia sido arrendado de uma divisão do conglomerado financeiro norte-americano CIT Group, informou a companhia aérea.

"A aeronave tinha manutenção. A última manutenção foi em 25 de dezembro - foi uma checagem normal. Não havia problema técnico nenhum", disse o executivo-chefe Girma Wake a jornalistas em Adis Abeba, capital etíope. "Ele partiu daqui ontem sem comentário algum. Ele deixou Beirute sem comentário algum", acrescentou.

A Ethiopian Airlines informou que o esse Boeing 737-800, versão recente do modelo mais vendido da Boeing, havia saído da fábrica norte-americana em 2002, e em setembro de 2009 fora arrendado da empresa CIT Aerospace, parte do grupo de crédito comercial CIT Group.

A CIT, holding bancária e fornecedora de crédito principalmente para pequenas e médias empresas, emergiu recentemente da recuperação judicial nos EUA, resultado da crise financeira global. Nem o CIT nem a Boeing se manifestaram sobre o acidente.

A CIT é um nome conhecido no setor da aviação, gerindo uma frota com mais de 300 aeronaves. Ela fornece arrendamento e financiamento a mais de cem companhias aéreas, de acordo com o seu site.

A Ethiopian Airlines tem outro Boeing 737-800 arrendado, e na semana passada a empresa anunciou que encomendara outros dez para ampliar sua frota.



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