Escola suspende aulas após estudante ser agredido por bolsonaristas

Aluno foi atingido por pedra por grupo bolsonarista que participava de ato na cidade

corte | reprodução
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A Escola Técnica Vasco Antônio Venchiarutti (ETEVAV), de Jundiaí (SP), suspendeu as aulas nesta sexta-feira (4) depois que um estudante ficou ferido após ser agredido por bolsonaristas em um ônibus.

Estudante fica ferido após bolsonaritas atacarem ônibus - Foto: Reprodução

A agressão aconteceu nesta quinta-feira (3), quando um ônibus com estudantes passou em frente ao 12º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), onde ocorria um ato a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O estudante Vitor Cotrim, de 18 anos, contou que as agressões ocorreram quando os passageiros do ônibus gritaram palavras contra o presidente e criticando o ato. Neste momento, segundo o aluno, os bolsonaristas retrucaram e um deles atirou uma pedra no vidro do ônibus, que estilhaçou e atingiu o seu supercílio.

Após o caso, a diretoria da unidade informou que as aulas presenciais vão ficar suspensas nesta sexta-feira (4) por segurança aos alunos que circulam na região, que ainda tem concentração de bolsonaristas.

O que aconteceu

A agressão aconteceu na quinta-feira (3). Os vídeos gravados mostram que um grupo de bolsonaristas cercou o veículo. Em outras imagens, já é possível ver o grupo dentro do ônibus, ameaçando os estudantes.

"Depois de terem mirado a pedra em mim, eles bateram muito no ônibus e devem ter forçado o motorista para entrar. Não tem como julgar o motorista, mas acho que ele foi coagido, acho que ele abriu a porta depois de gritarem com ele. Nessa, eles começaram a intimidar a gente: 'Fala agora! Fala do Lula de novo! 'E foram intimidando gente que nem tinha falado nada e só estava sentado no ônibus seguindo viagem e querendo ir embora depois de mais um dia de aula", relata Vitor.

O estudante ainda contou que havia um carro da Polícia Militar próximo ao local. Segundo ele, os agentes não fizeram intervenções na briga.

"Eles não fizeram nada. Nada, nada mesmo. Só depois que viram que eu estava sangrando que vieram falar comigo e com o motorista. Eles disseram que, se o motorista quisesse fazer um boletim de ocorrência, eu teria que ir junto porque ia ter que fazer corpo de delito, mas foi só."



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