Especial Bicentenário da Independência começa por Campo Maior

O especial “200 Anos - Bicentenário da Independência” é uma produção do Grupo Meio Norte de Comunicação e teve início nesta quinta-feira (31).

Bicentenário da Independência | Raíssa Morais
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Um projeto ousado e desbravador criado com o intuito de promover a valorização do Piauí. Esse é o especial "200 Anos - Bicentenário da Independência”, uma produção do Grupo Meio Norte de Comunicação (GMNC), que teve início nesta quinta-feira (31), quando foi ao ar a primeira reportagem da série que vai contar a história das nove cidades que possuem o mesmo nome no Piauí e em Portugal, traçando a narrativa da independência do Brasil a partir do olhar do piauiense. 

A vila de Campo Maior, em Portugal, e o município piauiense de Campo Maior abriram o projeto apresentado no Theatro 4 de Setembro, em Teresina, e exibido pela Rede Meio Norte. 

Especial foi exibido na noite de quinta-feira (31) 

A portuguesa Campo Maior, uma vila situada ao Sul do país com aproximadamente 8 mil habitantes, nasceu da vontade de três famílias camponesas que resolveram formar uma comunidade na fronteira com a Espanha. No Piauí, Campo Maior é uma cidade conhecida pela culinária, festas populares e por um episódio importante da história do Brasil: a Batalha do Jenipapo. Situada a 90 quilômetros ao Norte de Teresina, foi um dos primeiros povoamentos reconhecidos pela Coroa Portuguesa na então província do Piauí.

“Essa é a primeira reportagem que vai ao ar depois da viagem e depois de todo o processo de edição - que também é muito difícil, para deixar tudo pronto. Começamos muito bem, por Campo Maior, uma cidade que conversa muito com o bicentenário, porque teve um papel importante por conta da Batalha do Jenipapo e porque a vila de Campo Maior tem muitas histórias, também, de resistência e resiliência do povo. Eu creio que são duas populações que, embora separadas geograficamente, têm muito em comum em termos de se reinventar após situações de dificuldade”, revela Cinthia Lages, que comanda as matérias do Bicentenário da Independência. 

O projeto jornalístico vai mostrar, ainda, as particularidades de mais oito cidades que coexistem e são homônimas em terras portuguesas e piauienses. São elas: Amarante, Batalha, Marrão (primeiro nome da cidade de Castelo do Piauí), Juromenha, Oeiras, Porto, Nazaré e Valença. Todas as reportagens têm o olhar sensível e sempre atento da jornalista Cinthia Lages, que viajou a todas cidades e assina todas as reportagens da série histórica. As imagens são do experiente cinegrafista e editor de imagens Danilo Romero. 

O ator, produtor e arte-educador Carlos Anchieta, representando a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), frisou a importância histórica e educacional da série.

“Esse é um trabalho de grande relevância para os piauienses, para quem não conhece história. Você saber que em Portugal tem Oeiras, tem Campo Maior, além de outras cidades e descobrir porque o Piauí tem os mesmos nomes dessas cidades é fazer com que os piauienses conheçam a sua história. Então, é um trabalho fantástico do Grupo Meio Norte e aqui, da nossa parte enquanto Secult, estamos com o projeto da Batalha do Jenipapo. O primeiro que luta é o Piauí”, afirmou Anchieta.

"É um trabalho de grande relevância para os piauienses", destaca o ator e produtor Carlos Anchieta | FOTO: Raíssa Morais

Espetáculo abrilhanta noite de exibição do projeto

Para celebrar o resultado da produção jornalística, o Teatro 4 de Setembro foi palco do espetáculo musical "Batalha do Jenipapo: as vozes dos esquecidos", que lembrou o confronto ocorrido em 13 de março de 1823, decisivo para a independência do Brasil. 

A batalha aconteceu às margens do Rio Jenipapo, onde atualmente se encontra a cidade Campo Maior, no Piauí, e se iniciou após terem sido descobertas as intenções do comandante das tropas portuguesas: manter a região sob o domínio português para abafar os movimentos de independência que se desenvolviam na área.

Encenação no Teatro 4 de Setembro | FOTO: Raíssa Morais

“Esse musical foi pensado para narrar os fatos históricos do 13 de março, as figuras históricas, não esquecendo o mais importante que é o povo, os anônimos que morreram na guerra. Como na maior parte das guerras, quem morre é o povo. Esse espetáculo chama ‘As vozes dos esquecidos’ justamente para falar disso. Quem morreu de verdade (os verdadeiros heróis do jenipapo) foi o povo. Então, registrar esse espetáculo [é importante] para lembrar que o povo é sempre mais importante do que a guerra”, falou Franklin Pires, diretor-geral da peça.

Franklin Pires, diretor-geral da peça "Batalha do Jenipapo: as vozes dos esquecidos" | FOTO: Raissa Morais

O espetáculo musical contou com 85 pessoas em cena, cantando e interpretando algumas músicas que são do cancionário popular do Brasil, com músicas originais. O espetáculo tem a direção musical de Gislene Daniele.Fonseca Neto destaca iniciativa do GMNC

Os 200 anos de Independência do Brasil estão sendo comemorados no Piauí de forma muito especial. Para o professor Fonseca Neto,  historiador e membro da Comissão Piauí 200 anos, esse especial mostra como a valorização do Piauí está sendo construída através de iniciativas como a da Rede Meio Norte. 

Historiador Fonseca Neto | FOTO: Raíssa Morais

“Essa iniciativa do Grupo Meio Norte é muito impactante, pois insere e associa esse grupo de tantas iniciativas a esse grande evento. O simbolismo dessa efeméride é muito importante para o Brasil, em particular para o Piauí, porque o Piauí é uma das regiões do velho Brasil colonial, onde mais episódios que deixaram marcas foram protagonizados, durante esse período que antecedeu e até depois da adesão do Piauí ao império do Brasil e da separação do Brasil com relação Portugal”, declarou.

O Governo do Estado está organizando uma série de atividades comemorativas aos 200 anos de Independência do Brasil e Piauí. Ao falar da história do Piauí, o professor acrescentou que os piauienses devem ter orgulho da luta pela independência e evolução econômica e social.



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