Funcionários públicos e terceirizados que trabalham no Instituto Médico Legal, em Teresina, estariam aliciando pessoas para fecharem contrato com funerárias sob forma de esquema. O direcionamento, conforme a denúncia, rende comissão de 30%. A denúncia foi feita por agentes funerários que não foram identificados por medo de retaliações. Eles afirmaram à Rede Meio Norte que tudo acontece em uma sala reservada.
Segundo eles, o esquema é antigo. ?É do meu conhecimento que há um funcionário do IML chamado Araújo. Ele chama a família e conversa. Quando a pessoa entra para pegar o laudo cadavérico, o documento já vem todo diferente e pessoa não quer conversa com a gente. Ele chega a ganhar comissão de 25% a 30%.?
Em fevereiro já aconteceram três negociações desse tipo, é o que aponta a denúncia. Famílias vindas do interior são as principais vítimas em um esquema que parece não ter limites.
O agente assegura que até formol está sendo aplicado no instituto. ?O formol é proibido em qualquer funerária e lá no IML faz e o dinheiro do formol, que varia de R$ 100,00 a R$ 300,00, é dividido entre eles, eu não sei se o diretor sabe disso.?
O diretor do IML, Antonio Nunes, afirma que somente nesta sexta-feira, 14, tomou conhecimento do ocorrido. Ele confirmou a proibição da aplicação do formol no IML. ?Se alguém está fazendo é de forma irregular. As providências vão ser tomadas. Vamos oficiar a corregedoria para que investigue o esquema, pois não corroboramos com essas condutas?, conclui.
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