Estados Unidos e Venezuela fazem reunião secreta no Catar

Os dois falaram de libertação de presos e da necessidade de normalizar a vida política na Venezuela, algo que hoje parece muito distante.

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Joe Biden e Nicolás Maduro | DCM
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O presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Jorge Rodríguez, e o assessor do presidente dos Estados Unidos, Juan González, se encontraram, há três semanas, em Doha, no Catar. Segundo informações, a reunião entre os líderes políticos ocorreu sem a presença de mediadores e público. 

O local da reunião, Catar, ganhou um protagonismo inesperado na mediação entre a Casa Branca e o governo da Venezuela. O país árabe fez movimentos para interceder nos contatos entre os dois governos. Apesar da urgência de organizar eleições com garantias em 2024, a frieza é absoluta. 

O então presidente Nicolás Maduro não está presente, entretanto, Jorge Rodríguez é braço direito do líder venezuelano. Rodríguez e González, assessor para o hemisfério ocidental do Conselho de Segurança Nacional americano, se reuniram para estabelecer um canal direto de comunicação, segundo fontes oficiais dos líderes. 

Os dois falaram de libertação de presos e da necessidade de normalizar a vida política na Venezuela, algo que hoje parece muito distante. Pode ser anormal para muitos líderes de países, porém, este tipo de encontro é comum em processos complexos como o da Venezuela e de sua relação com os Estados Unidos.

O encontro entre os representantes desses governos costuma ser mantido em segredo para que não haja interferência no diálogo. Nem Rodríguez nem González quiseram comentar o assunto. Os posicionamentos da Venezuela e dos EUA estão muito distantes.

Nicolás Maduro não marcou data para as eleições gerais, quando, em teoria, deveria haver um candidato de oposição que possa disputar a presidência. No entanto, a renúncia do Conselho Nacional Eleitoral dificultou a realização das primárias de oposição.

Caracas exige a libertação de Alex Saab, o empresário colombiano aliado de Maduro julgado nos EUA por lavagem de dinheiro e corrupção e que o chavismo considera um diplomata venezuelano. Diante disso, a Casa Branca interpretou estes gestos como um desafio do governo venezuelano e uma mostra clara de que não cede a pressão internacional por democratização no país. 

Para Maduro, é necessário manter uma posição firme para que os Estados Unidos não retirem as sanções econômicas que pensam sobre o governo do país.

"Se querem eleições livres, queremos eleições livres de sanções", disse Nicólas Maduro em novembro de 2022.

Chavismo também culpa o governo de Joe Biden, por não liberar os fundos venezuelanos congelados no exterior como haviam negociado com a oposição na mesa de diálogo do México, ainda em 2022. Esse dinheiro,  entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões, seria um balão de oxigênio para a grave crise econômica venezuelana. No entanto, Joe Biden considera que Maduro, depois de mostrar boa vontade para negociar, agora se mostra impassível. E em conjunto, outros países têm a mesma opinião. 



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