Estudantes do IFPI desenvolvem tecnologia para locomoção de cegos

Colete feito de brim possui um sistema com placa de sensor ultrassônico e um aparelho que emite vibração a cada vez que um deficiente visual se aproxima de um obstáculo.

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Estudantes de Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), unidade centro, exibiram um colete sustentável de baixo custo para deficientes visuais durante o primeiro dia da 16ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2019).

Baseado no tema “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”, a biossensibilidade do projeto dos alunos partiu de uma observação acerca dos problemas enfrentados no dia a   dia de um deficiente físico, como os obstáculos em lugares frequentados pela primeira vez.

Desenvolvido na disciplina de projeto Integrador IV, o colete é simples à primeira vista, feito de brim e com bolsos nas laterais. Porém, ele possui um sistema com placa de sensor ultrassônico e um aparelho que emite vibração a cada vez que um deficiente visual se aproxima de um obstáculo.

Uma das criadoras do projeto, Wiara Barbiere, destaca a função da peça de roupa que pode ajudar na locomoção dessas pessoas. “A ideia é promover autonomia dessas pessoas, para que elas não precisem de um guia humano para acompanhá-las em simples atividades”.  

Nobel de Química 2019

A programação é composta por mais de 80 projetos de instituições como Universidade Federal do Piauí (UFPI), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre outras. 

Os estudantes de Química da UFPI referenciaram o projeto vencedor do prêmio Nobel de Química de 2019, que foi o desenvolvimento da bateria de íons de lítio, de um jeito inovador. 

O estudante Victor Fernando destaca que hoje em dia uma das maiores preocupações com o planeta consiste em  trocar a fonte energética para processos menos poluentes e renováveis. “Este ano, a Química apostou na pilha de íon de lítio, empregada hoje em dia em smartphone, notebook e também em veículos elétricos”, disse.

Ela pode ser recarregada em até 500 vezes, ou seja, pode durar até um pouco mais de dois anos, e a partir do momento que recarrega, pode rebobinar uma reação, que no caso, foi apresentada pelos estudantes com uma reação análoga de limão e zinco, que produziu energia elétrica. 

Tecnologia na alimentação para melhoramento do feijão-fava

Na área da alimentação, Yasmin Borges e Gabriel Viana representaram o laboratório de recursos e melhoramento genético da UFPI no  trabalho do melhoramento do feijão-fava, com a ideia de adequar a concentração de ácido cianídrico (HCN), que proporciona o leve sabor amargo do grão, às propriedades de resistência . 

“Nós envolvemos uma série de fatores, como o fato dela não ser tão produzida devido o tempo de produção. No entanto, a fava tem um fator mais favorável que o grão mais consumido, o feijão: a resistência a ambientes de clima quente e úmido”, explicou Gabriel.

As amostras expostas fazem parte do banco de germoplasma da universidade, que armazena  uma grande quantidade de sementes brasileiras e de outros países. Cada espécie de fava corresponde a cada estado, dependendo do tipo mais consumido na região. “Temos que pensar na conservação de sementes e frutas. Pois pode haver um dia, que, por exemplo, a fava mais consumida no Maranhão se extinga. O cruzamento de favas mais consumidas com as mais resistentes vai facilitar ”, disse Yasmin. 

Dada a temática, José Luis de Oliveira, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação do Instituto Federal do Piauí (IFPI), explica  a importância desse evento. “A intenção é levar o que é produzido dentro dessas instituições para o público leigo e sociedade em geral, serviços à população”, disse.



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