Estudantes da Ufpi são focos de investimento para geração de tecnologia fora do Brasil

Somente este ano 200 mil pessoas devem deixar o país em busca de educação superior.

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GEILSON |Estudante piauiense é uma das apostas do governo para geração de tecnologia. | Reprodução Jornal MN
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Houve um tempo em que estudar fora do país era uma realidade para poucos. Na verdade, para os filhos das classes abastadas, apesar de ser um sonho nutrido por boa parte da juventude.

Hoje, essa realidade abriu horizontes, estendendo-se para outros setores da sociedade, principalmente com o interesse de governo para a geração de tecnologia.

Atualmente, estima-se que cerca de 200 mil brasileiros devem deixar o país em busca de educação superior, só este ano. As possibilidades têm sido abertas principalmente através do programa Ciência Sem Fronteiras, que tem como objetivo distribuir até 2014 com 100 mil bolsas de estudo.

Geilson Veras é um desses estudantes que conseguiram realizar o desejo de estudar fora do Brasil, mas vai voltar para contribuir academicamente com o país. Ele foi estudar na Universidade de Clemson, Carolina do Sul (EUA).

O jovem é do curso de Engenharia Elétrica da UFPI, e foi selecionado pelo programa Ciência Sem Fronteira para a chamada graduação sanduíche, realizada no exterior e na universidade de origem.

O jovem deixou a terra quente, filha do sol do Equador (como se canta em verso no Hino do Piauí), para enfrentar o frio: ?A adaptação foi um pouco difícil. Cheguei no auge do inverno, e o clima era muito frio?, conta o estudante.

A troca de clima trouxe consigo um descortinamento de um mundo, dentre vantagens, desvantagens e, claro, o aperto da saudade. O estudante conta que atualmente faz estágio em uma multinacional (International Paper, multinacional produtora de papel).

Passados os tempos de adaptação, principalmente por conta do idioma, o estudante passou a se relacionar melhor e, claro conhecer melhor a cultura do país.

Entre estágio e estudo, o estudante se divide em uma rotina diferente da universidade brasileira. ?A necessidade de fazer meus próprios horários, de ser mais independente e o contato com um sistema de ensino diferente do que sou acostumado me cobra ser um estudante mais versátil e eficiente.

Este é um fator que acho de extrema importância no programa?, diz. O estudante destaca também o contato com uma estrutura maior do que a das universidade do Brasil, quanto a laboratórios, por exemplo.

UFPI já enviou 7 estudantes pelo programa

Bolívia Sá, estudante de Arquitetura da UFPI, está vivendo um misto que vai da felicidade à ansiedade acerca do que vai conhecer. Recentemente a jovem foi selecionada para estudar na Universidade Dort Mund, na Alemanha.

Assim como Geilson, a oportunidade veio através do programa Ciência Sem Fronteira, que até agora enviou 7 estudantes da UFPI para exterior. O programa, além de passagens e seguro saúde, também destina uma bolsa de R$ 870 para hospedagem e alimentação.

?Estou muito empolgada porque é algo que sempre quis fazer. Além da Alemanha ser uma referência em Urbanismo, área que vou estudar lá, fiz também um ano e meio de alemão. Já tinha terminado o inglês, daí meu pai me indicou que fizesse Alemão, por ser considerada uma língua da ciência?, conta Bolívia.

Mesmo com toda empolgação, Bolívia consegue ponderar quanto ao caráter do programa, que considera ser uma porta aberta, porém, exclui muitas pessoas do processo. ?Nem todo mundo tem condições de fazer a prova de proficiência, nem de estudar uma segunda língua, como é o meu caso?, diz.



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