Evangelina Rosa registra 570 abortos ilegais em Teresina

Entre janeiro e abril de 2008 foram praticadas 816 curetagens na Maternidade Evangelina Rosa

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A decis?o da Justi?a do Mato Grosso do Sul, na ?ltima semana, de processar cerca de 10 mil clientes que praticaram aborto em uma cl?nica clandestina, entre 2000 e 2008, reacendeu o embate entre defensores do aborto e entidades que s?o contra a pr?tica. O caso come?ou com uma investiga??o policial sobre a cl?nica Planejamento Familiar, acusada de clandestina, localizada no centro de Campo Grande (MS).

Todas as fichas de clientes que utilizaram os servi?os desde o ano 2000

foram apreendidas. A magnitude da a??o despertou o interesse de grupos feministas e defensores de Direitos Humanos. Em Campo Grande, entidades ligadas ao movimento feminista nacional tamb?m se articulam para impedir o indiciamento, ou pelo menos tentar garantir que as mulheres que ser?o investigadas por suspeita de aborto em Mato Grosso

do Sul tenham orienta??o de advogados.

No Brasil, cerca de 2,5 milh?es de pessoas praticam aborto por ano. ? um

n?mero bastante alto e considerado um caso de sa?de p?blica pelo Ministro da Sa?de, Jos? Gomes Tempor?o. No Piau? ainda n?o existem pesquisas que apontam o n?mero de abortos praticados. Mas segundo o m?dico obstetra da Maternidade Evangelina Rosa, Stanley Brand?o, pode se ter uma id?ia atrav?s do n?mero de curetagens praticadas na institui??o, que j? chegaram ao n?mero de 816 de janeiro a abril, e 70% delas s?o causadas por abortos praticados em casa. Isto representa mais de 570 casos.

?Entre janeiro e abril de 2008 foram praticadas 816 curetagens na Maternidade Evangelina Rosa. ?Aindatemos um n?mero muito grande de atendimentos na maternidade que s?o conseq??ncia de aborto. Mas ? imposs?vel precisar o n?mero exato ainda mais porque n?o temos como

saber os casos realizados em cl?nicas particulares, clandestinas e principalmente os feitos em casa, que est?o se tornando cada vez mais comuns?, explicou o m?dico.

Ele lembra que a dificuldade est? exatamente no m?todo abortivo, que hoje encobre o aborto e gera muito menos casos de infec??o. ?Antigamente, os n?meros eram maiores porque os m?todos praticados

eram mais agressivos ao corpo, muitas mulheres tentavam perfurar o ?tero com objetos pontudos, e acabavam criando uma infec??o, muitas at? chegando ao ?bito. Hoje o m?todo mais utilizado ? o qu?mico, atrav?s do medicamento de venda controlada Misoprostol, conhecido como Cytotec?, disse.

Segundo Staley Brand?o, al?m do m?todo ser menos agressivo, ele ? de

f?cil acesso da popula??o. ?Esse medicamento produz um aborto clinicamente igual ao abortamento natural, ficando muito dif?cil identificar se foi provocado ou n?o. Al?m disso, ele ? cada vez mais acess?vel.

Legalmente o Misoprostols? deveria ser comercializado para hospitais, mas j? tivemos informa?es de que o medicamento pode ser encontrado at? em camel?s. Essa facilidade incentiva a pr?tica?, afirmou.



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