Ex-mulher de Bruno é absolvida de calúnia contra delegadas

Juiz entendeu que não houve dolo direto, isto é, intenção de cometer o crime. Dayanne Rodrigues vai a júri em março no caso Eliza Samudio

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes, Dayanne Rodrigues, foi absolvida em primeira instância do crime de calúnia contra duas delegadas da Polícia Civil mineira. O juiz da 3ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Guilherme Sadi, decidiu pela absolvição, justificando que não houve dolo direito, isto é, intenção de cometer o crime. O conteúdo de uma carta redigida por Dayanne motivou o Ministério Público Estadual a oferecer a denúncia.

A decisão, do dia 18 de dezembro, está sujeita a recurso. Segundo a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, a denúncia afirma que Dayanne havia escrito à Ordem dos Advogados do Brasil ? Seção Minas Gerais (OAB-MG) uma carta de próprio punho noticiando a ocorrência de arbitrariedade, coação e ameaças por parte das delegadas durante as investigações sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samúdio.

Ainda de acordo com a Justiça, na fase de alegações finais, o próprio Ministério Público pediu a absolvição, alegando que Dayanne desconhecia o destino que seria dado à carta e que parte do conteúdo teria sido ditado pelo advogado dela. A acusação prosseguiu dizendo que não ficou demonstrado qualquer abuso ou deslize administrativo por parte das delegadas e pediu a improcedência da ação por ausência da intenção de cometer o crime.

A defesa da ré também pediu a absolvição por entender que não houve crime nem intenção de manchar a honra das autoridades policiais mineiras, além de ressaltar a falta de provas.

Nesta segunda-feira (24), o advogado Wallace Simim, um dos defensores de Dayanne no caso Eliza Samudio, disse que aguarda a homologação da sentença. "Tanto que a Justiça e o Ministério Público viram que ela não teve a intenção. Ela foi induzida a escrever a carta", afirmou Simim, referindo-se a um advogado anterior da cliente, cujo nome ele não quis revelar.

Segundo a Justiça, Dayanne vai a júri popular em março de 2012 pelo sequestro e cárcere do filho de Eliza Samudio.

Júri

Em 23 de novembro, o júri popular do caso Eliza Samudio condenou os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, pelo envolvimento na morte ex-amante do jogador, em crime ocorrido em 2010. Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e sequestro e cárcere privado. Fernanda foi condenada por sequestro e cárcere privado.

O júri popular, que teve início com cinco réus, acabou com apenas dois acusados: Macarrão e Fernanda. O jogador Bruno Fernandes de Souza, que era titular do Flamengo, é acusado de ter arquitetado a morte da ex-amante, em 2010, para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia. Bruno, a sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram o júri desmembrado pela juíza Marixa.

O crime

Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG).

Além dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois acusados serão julgados separadamente ? Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve o processo arquivado.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES