Exame inicial não constata HIV em enfermeira atacada, diz hospital

Enfermeira foi atacada em junho no Distrito Federal por travesti com seringa

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O primeiro exame realizado pela supervisora de enfermagem que recebeu de um travesti sangue contaminado com o HIV não constatou a presença do vírus da Aids no sangue da funcionária, segundo a direção do Hospital Regional da Ceilândia (HRC), localizado a 30 quilômetros de Brasília. De acordo com o hospital, os primeiros exames apontaram resultado "não reagente".

A enfermeira foi atacada em 21 de junho por um travesti que roubou uma seringa, retirou o próprio sangue e injetou na enfermeira.

O tempo necessário para que o exame de Aids detecte a presença do HIV no sangue é geralmente de três a 12 semanas depois de adquirido o vírus, com período médio de aproximadamente dois meses. Esse tempo decorrido entre a infecção pelo HIV e a detecção de anticorpos por exames é chamado de janela imunológica.

Por isso, a enfermeira fará novos exames na próxima quarta-feira (21), quando se completa um mês do ataque, e repetirá os testes em três meses. Depois desses, novos exames serão feitos em seis meses.

Segundo a direção do hospital, somente após todos esses exames será possível confirmar que a enfermeira não foi contaminada com o vírus HIV.

A supervisora de enfermagem está de licença médica sem previsão de retorno ao trabalho. De acordo com a direção do HRC, ela e a família "estão em tratamento psicológico".

Ataque

No dia 21 de junho, nervoso com o suposto atraso de cinco horas no atendimento de uma amiga, o travesti, de 28 anos, entrou em desespero e invadiu uma sala onde a equipe de enfermagem guardava as seringas.

De acordo com os funcionários, ele tirou o próprio sangue e saiu correndo pelo corredor ameaçando pacientes e funcionários. Quando a supervisora de enfermagem tentou controlar a situação, teve a mão perfurada. A técnica que tentou ajudar foi mordida no braço.

Segundo nota oficial da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, "a acompanhante (exaltada e agressiva) invadiu a sala de medicação, pegou uma seringa de 10 ml, aspirou seu próprio sangue e gritava que era "soropositivo" e iria injetar o sangue "na primeira pessoa de branco que encontrasse pela frente"?.

Ainda segundo a nota, foi solicitada a presença da supervisora de enfermagem que se encontrava no Box de Emergência do hospital. ?Ao se dirigir ao consultório médico foi agredida pela acompanhante, que a perfurou quatro vezes na região dorsal da mão esquerda, sendo injetado sangue na mesma. Naquele momento, uma técnica de enfermagem tentou imobilizar a agressora e foi mordida no antebraço esquerdo e levou vários golpes com a seringa na perna direita?.

A Secretaria de Saúde nega que a amiga do travesti tenha esperado cinco horas por atendimento. Segundo a nota, ?a chefia de Equipe solicitou atendimento à paciente C.L., a qual foi prontamente atendida e medicada, conforme anotações na Guia de Atendimento de Emergência (GAE). O intervalo entre a admissão da paciente e a medicação foi de vinte minutos?.

O travesti foi preso em flagrante pelo policial militar que estava no hospital. Ele responderá por tentativa de duplo homicídio. A pena para cada tentativa é de 12 a 30 anos de prisão.



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